As chuvas fracas ocorridas essa semana na Chapada Diamantina foram suficientes para extinguir os focos de queimadas na região. As brigadas voluntárias de Piatã, Catolés, Capão, Palmeiras e Lençóis, em parceria com o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Ibama, continuam mobilizadas, atuando na área, já que a temporada de chuvas fortes só começa no final de outubro, conforme as previsões meteorológicas.
Segundo o meteorologista da Superintendência de Recursos Hídricos do Estado (SRH), órgão ligado à Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado, Heráclio Alves, as chuvas que estão acontecendo na região já eram esperadas. “Elas são comuns, pois estão vindo do litoral baiano, onde o período chuvoso está acabando”, explicou Alves. O meteorologista esclarece que o período de chuvas mais intenso na região da Chapada vai outubro a março.
Na Bahia, além da Chapada Diamantina, as áreas mais atingidas pelas queimadas são o norte e centro-oeste do estado. O clima seco, a umidade do ar e as práticas tradicionais, como a queima irregular para plantio, são os principais causadores dos incêndios. De acordo com a gestora da Unidade de Conservação (UC) Serra do Barbado e da Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Nascentes do Rio das Contas, Ângela Leony, as chuvas serviram apenas para amenizar o problema. “Foi bom para dar uma respirada, mas é preciso manter a atenção, pois essas chuvas não são generalizadas, caem apenas em locais específicos” afirmou.
Segundo dados da brigada de Piatã, os incêndios atingiram duas áreas principais da ARIE Nascentes do Rio das Contas, danificando cerca de 300 hectares do entorno. Já nos 63 mil hectares da Área de Proteção Ambiental (APA) Serra do Barbado, os incêndios atingiram de cerca de 10 localidades, entre elas a margem do Rio Comburu, a nascente do Rio Guardamor e a Serra da Mesa.