O Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador, recebeu, na manhã deste domingo (23), a visita do governador Jaques Wagner e do secretário de Saúde, Jorge Solla. Segundo o diretor da unidade de saúde do Estado, Ricardo Gouvêa, o funcionamento do HGRS está sob controle. “Estamos recebendo os pacientes e fazendo o primeiro atendimento, de acordo com a gravidade. Depois, se for o caso, os transferimos para outros hospitais que tenham a especialidade necessária para tratá-los”, garantiu.

Maior hospital de emergência do Nordeste, o HGRS enfrentou problemas de superlotação de quarta-feira a sexta-feira última. "Nossa taxa de ocupação, hoje, é de 105 pacientes. Dentro desse quantitativo, temos condições plenas de prestar assistência", esclareceu o diretor geral, Sebastião Mesquita, ressaltando que pelo menos metade dos casos que chegam ao setor de Emergência poderiam ser atendidos em postos de saúde ou outras unidades de menor complexidade.

Pacientes, parentes e funcionários tiveram a oportunidade de apontar dificuldades e também de comentar sobre os serviços prestados no hospital. A dona de casa Maria Lucília Santo Damião, 60 anos, acabou de se tornar avó e sua filha ainda está no centro de obstetrícia. Ela foi uma das pessoas que elogiaram a iniciativa do governador e do secretário de visitarem o hospital em pleno domingo. “É bom que o governador tenha vindo aqui ver de perto o hospital. Se alguém pode fazer alguma coisa para melhorar, é ele”, afirmou.

Outra acompanhante, a estudante universitária Adriana Duarte, está com a avó, de 95 anos, internada no HGRS e concorda com Maria Lucília. Ela disse que está no hospital desde terça feira. "Tinha gente demais aqui. Pena que ele só veio hoje, quando está tranqüilo. Tinha muita gente mesmo, a gente mal podia andar".

Hospital de referência

Wagner disse que já havia estado no Roberto Santos este ano, durante a inauguração de novas alas. “Desta vez, venho me solidarizar pelo esforço da equipe e me somar a ela”, assinalou. Ele visitou o Centro de Obstetrícia, a Unidade Semi-Intensiva, o Centro Cirúrgico, a Emergência, o setor de Hemorragias Digestivas e lembrou que Roberto Santos é um hospital de referência. "Já estão também sendo preparados 200 leitos de apoio em outras unidades, a fim de desafogar o HGRS e os pacientes possam ser atendidos em outros centros".

O governador salientou o orgulho que sente por serviços de qualidade, desconhecidos da população, que são prestados no hospital, alguns únicos no Nordeste e mesmo no Brasil. "Tem serviços que só são feitos aqui, e tem médicos daqui que atendem também em hospitais como o Aliança. Claro que nossa demanda é muito maior e não temos a seletividade de lá; aqui, acolhemos todos", afirmou, acrescentando que a presença do governador sempre é estimulante, por isso fez questão da visita. "Ouvi de tudo: de uma pessoa se queixando a outra que chorou agradecida porque foi bem atendida pela equipe".