A população baiana passa a contar, até novembro, com mais 25 unidades da Farmácia Popular do Brasil, funcionando em lojas da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal). As farmácias, fruto de um convênio entre a Ebal e a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), assinado hoje (18), na Governadoria, serão instaladas entre outubro e novembro em 15 municípios do interior, e em nove bairros da capital, vendendo medicamentos a até 5% do preço de mercado.
“Isso vai proporcionar uma economia muito grande para a fatia da população que ganha até dois salários mínimos. Os aposentados, por exemplo, gastam até 40% do seu vencimento com medicações”, lembrou o prefeito de Cruz das Almas, Orlando Peixoto. Segundo ele, o município possui 53 mil habitantes, dos quais cerca de 15 mil serão beneficiados pela farmácia popular.
O secretário de Saúde, Jorge Solla, lembrou que a Farmácia Popular do Brasil é uma parceria entre o Ministério da Saúde, as prefeituras e capitaneada pelo Governo do Estado. “O gerenciamento é da Ebal, pela sua capilaridade, pelo know-how acumulado e isso ajuda a revitalizar a capacidade da Cesta do Povo”, declarou.
Outro ponto positivo, segundo Solla, é a qualidade de assistência farmacêutica diferenciada. “Temos farmacêuticos presentes durante todo o tempo de funcionamento da unidade, orientando o paciente e a distribuição”, afirmou. Ele disse ainda que o número de medicamentos oferecidos é bastante diversificado, analgésicos, anticoncepcionais e para doenças como hipertensão e diabetes, repassados à população apenas pelo preço de custo.

Integração

Para o governador Jaques Wagner, é importante essa integração entre os governos federal, estadual e municipais. “Isso traz bem-estar para a população, principalmente para aqueles que usam medicamentos continuamente, significando uma economia grande para o orçamento familiar”, observou. Ele disse que foi uma visão de trabalho em conjunto da equipe de governo que uniu a Cesta do Povo às Farmácias Populares.
O presidente da Ebal, Reub Celestino, disse que, além de vender mercadorias, a empresa trabalha com distribuição de leite, sopas e vales que ajudam a população a comprar. “Agora, as farmácias populares vêm acrescentar valor econômico à Cesta do Povo, pois aumentam o número de pessoas circulando nas lojas. Mas o principal interesse é o social”, garantiu.

Investimentos

Para a implantação das novas unidades, estão sendo investidos R$ 2,25 milhões, sendo R$ 1,35 milhão do governo federal, com contrapartida do Estado de R$ 675 mil. A manutenção vai custar mensalmente aos cofres federais mais R$ 270 mil e outros R$ 162 mil para o Estado.
Com o convênio, a Bahia passa a contar com 27 farmácias populares, que comercializam, ao todo, 98 medicamentos. As outras duas foram abertas em Salvador, em abril deste ano, nas lojas da Cesta do Povo do Ogunjá e do Rio Vermelho, e já atenderam 11,7 mil pessoas.
Para receber uma Farmácia Popular do Brasil, os municípios devem ter loja da Cesta do Povo e mais de 50 mil habitantes. Também podem ter farmácia municípios muito próximos e que juntos somem mais de 70 mil habitantes. No caso de cidades com população acima de 50 mil pessoas, terão uma Farmácia Popular para cada 100 mil.
Cada unidade da Farmácia Popular deve contar com a presença de dois farmacêuticos atendendo em tempo integral. São exemplos de medicamentos comercializados o Captopril e o Enalapril (pressão), de R$ 0,04 e R$ 0,06, respectivamente, o comprimido. Os remédios podem ser vendidos avulso, de acordo com a necessidade do indivíduo, e só poderão ser adquiridos com a apresentação da receita médica e/ou odontológica.