Os avanços nas técnicas de biologia molecular (DNA) tornaram a Coordenação de Genética Forense do Laboratório Central de Polícia Técnica (LCPT) referência para Segurança Pública do Nordeste. Segunda-feira (16), às 10h, no auditório do LCPT, no Vale dos Barris, acontece uma palestra sobre Casuística do Laboratório de DNA da Bahia.

Serão apresentados estudos de casos e os trabalhos realizados pela Coordenação de Genética Forense, unidade ligada ao Departamento de Polícia Técnica da Bahia. Um balanço do que foi realizado durante os dois anos de atividades também será mostrado no evento.

O uso de exames através da técnica de DNA pelos peritos serve como prova para identificação de vítimas e autores de crimes. A análise vai além da simples coincidência, indica qual a verdadeira convergência encontrada entre determinado perfil genético e um coletado no local de crime ou na vítima. Para isso, é feita uma análise estática utilizando bancos de dados populacionais, com resultado a partir de 99,99%.

Para o coordenador de Genética Forense do LCPT, Eugênio Nascimento, as perícias realizadas no Laboratório de DNA, não só atendem
às solicitações do Estado da Bahia, mas também Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Maranhão. Outra atividade da coordenação de DNA é treinar outros peritos de diversos institutos da federação.

Segundo Nascimento, foram realizadas, até então, cerca de seis mil análises. Entre eles, casos de crimes sexuais, confronto de vestígios em crime contra pessoa, crime de patrimônio e identidade de grande número de indivíduo no apoio às investigações criminais.

A coordenação de Genética Forense funciona com uma equipe multidisciplinar, sete peritos criminais, dois peritos técnicos, duas técnicas de enfermagem, todos especialmente treinados e com formação na sua maioria da área de biologia.

A Coordenação integra a rede nacional de Genética Forense ligada ao Ministério da Justiça, atualmente participando de um estudo para criação da padronização de técnicas, legislação e um banco de dados populacional, numa política de ajuda mútua entre os laboratórios de DNA do país.