O governo estadual tem como meta gerar 8% do Produto Interno Bruto (PIB) da área de tecnologia da informação e comunicação (TIC). Dados do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) apontam que a Bahia poderá, em quatro anos, participar do mercado mundial de desenvolvimento de software com 20 mil empregos diretos. Para isso precisa capacitar técnicos e universitários para ocupar as vagas e ampliar sua capacidade de produção.
A falta de profissionais qualificados para a área de TIC é um problema nacional. No ano passado, ficaram em aberto cerca de 21 mil postos de trabalho em todo o país. O governo estadual está articulando um projeto piloto para habilitar estudantes de nível médio para trabalhar na área.
“O plano é ter na Bahia uma base de produção de serviços de informática. O que nos faltam são profissionais capacitados. Por isso o governo estadual está desenvolvendo esse projeto”, afirmou o diretor do órgão de gestão estratégica de TIC da Casa Civil, Álvaro Santos.
O projeto piloto vai, na primeira fase, selecionar 100 estudantes do 2º e do 3º ano do ensino médio. Eles passarão por um curso de mil horas, sendo 600 horas de estágio. Além de reforço em Inglês, Matemática e Português, eles vão receber capacitação técnica. O estágio será realizado em empresas parceiras, que absorverão 50% dos alunos em seu quadro de pessoal.
O projeto está sendo desenvolvido pelas secretarias da Educação (SEC), Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), além da Casa Civil. O corpo docente será formado por profissionais da SEC, enquanto a Secti contribui com equipamentos e gestão, a Setre com intermediação e recrutamento e a Casa civil com a articulação do projeto.

Formação de profissionais

A CPM Braxis, empresa líder nacional em tecnologia da informação (TI) e considerada a maior empresa de TI do Brasil pelo ranking da revista Exame e do International Data Group (IDG), está investindo na contratação de novos 150 funcionários para seu centro de desenvolvimento em Salvador. A empresa é parceira do governo da Bahia na formação de profissionais técnicos para a área de TI.
Com faturamento estimado para este ano de R$ 1 bilhão, ela começou a operar na Bahia no final de 2006. Hoje, exporta seus serviços para a América Latina, Europa e Estados Unidos, contando com um quadro de 5 mil funcionários e 13 centros de desenvolvimento de aplicações em diversos estados brasileiros