O Brasil ainda carece de financiamento público em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Segundo o assessor da Coordenação Geral de Indicadores do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), Eduardo Viotti, enquanto Israel lidera o ranking de investimentos no setor, aplicando 4,93% de seu Produto Interno Bruto (PIB) nessa área, o Brasil investe apenas 0,9%.
“Nosso desafio é ampliar esse número para 2%, até 2010, e fomentar a ampliação da base de pesquisadores nas empresas, para que elas possam atuar mais em P&D”, disse Viotti na I Oficina de Informações em CT&I do Estado da Bahia. O evento reuniu hoje (14), na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), pesquisadores de diversas instituições baianas.
A diferença de metodologias utilizadas para medir os gastos públicos no setor vem sendo um problema enfrentado pelo MCT para fazer um comparativo entre os estados. Viotti afirmou que o Brasil já conta com uma metodologia específica que permite, inclusive, fazer comparativos internacionais, mas poucos estados a aplicam.
“Nesse aspecto, a Bahia está alinhada com o ministério, mas temos dificuldades na maioria dos estados, por conta deles não possuírem sequer uma equipe de trabalho para calcular e analisar os indicadores de CT&I”, comentou o assessor. Em sua palestra, ele explicou que está sendo realizado um esforço para que a metodologia utilizada pelo ministério seja replicada nos estados.
Na abertura dos trabalhos, o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Ildes Ferreira, declarou que na Bahia os indicadores de CT&I são “instrumentos de extrema importância para direcionar políticas públicas e monitorar qual a nossa participação na geração de conhecimento”.