A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou terça-feira (4) o estudo Trabalho Decente e Juventude no qual revela que o desemprego atinge 17% dos jovens da América Latina e Caribe, enquanto entre adultos o índice é de 6%. Para enfrentar o problema, ainda mais grave na Bahia, o Governo do Estado, por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), em parceria com o Governo Federal, está desenvolvendo o projeto Juventude Cidadã e o Programa Escola de Fábrica, que têm o foco na preparação de jovens para o mercado de trabalho.
O grande empecilho para inclusão profissional dos jovens é a falta de qualificação. O secretário Nilton Vasconcelos, afirmou que 18% das pessoas na faixa etária de 15 a 24 anos, estão à margem do mercado de trabalho no estado, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2005, feita pelo IBGE. No estudo, o percentual de adultos desempregados é de 9,9%. Segundo a pesquisa, os jovens representam 26% da população em idade ativa (PIA) e 27% da população economicamente ativa (PEA), totalizando 2.914.185 pessoas.

Atividades

Os projetos Juventude Cidadã e Escola de Fábrica beneficiam jovens com idade entre 16 e 24 anos. Já aprovado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o Juventude Cidadã deve começar as atividades este ano, atendendo 10.665 jovens em situação de risco e vulnerabilidade social. A previsão é inserir, ao final do projeto, no mínimo de 30% deles em atividades produtivas. O Juventude Cidadã tem o objetivo de possibilitar o desenvolvimento pessoal, social e profissional de forma que os jovens possam construir um caminho para o exercício pleno da cidadania.
Escola de Fábrica é um programa pelo Ministério da Educação (MEC) que será implementado em parceria com o Governo do Estado, por meio da Setre. Serão beneficiados jovens que estejam cursando regularmente o ensino básico ou a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Doze empresas e outras organizações participam da parceria na Bahia para implementar as atividades – Coelba, Petrobrás, Ford, Lafarge, Stefanini, Leo Madeiras, Federação dos Metalúrgicos, Idéia Digital, Bahiagás, Ainvic, Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon).
Um dos objetivos da iniciativa é incluir jovens de baixa renda no mercado de trabalho, com cursos de iniciação profissional, em unidades formadoras no ambiente das empresas. A duração do programa é de oito meses para turmas de até 20 alunos. Cada um recebe bolsa-auxílio mensal de R$ 150 no período do curso. Na parceria, o programa envolve, além do MEC, as unidades gestora (instituição sem fins lucrativos), certificadora (instituição educacional parceira ou contratada pela unidade gestora) e formadora (empresa).