Com todos os 102 lotes vendidos, o segundo leilão realizado pelo Governo do Estado, este ano, arrecadou R$ 387.990 – superando, em 203%, a previsão estimada, inicialmente, de R$ 127.840, a partir dos preços mínimos estabelecidos no edital. A disputa foi acirrada e acompanhada, lance a lance, por mais de 80 inscritos. O maior ágio, de 1.300%, foi obtido no lote 15, composto pela sucata de uma F1000, orçada em R$ 500 e vendido por R$ 7 mil.
Promovido pela Secretaria da Administração do Estado (Saeb), o leilão aconteceu hoje pela manhã (26), no Departamento de Apoio Logístico da Polícia Militar, no CAB. A disputa de lances foi intermediada pelo leiloeiro Paulo Cezar Teixeira.
Do total arrecadado, R$ 106.190 serão destinados ao Derba, que participou com 21 lotes de veículos, móveis, material de informática, sucata ferrosa, um rolo compactador e veículos. O coordenador de Material e Patrimônio do Derba, Cláudio Serafim Muricy, acompanhou os lances ao lado do diretor de Patrimônio da Saeb, Alberto Queiroz. O restante do dinheiro arrecadado será encaminhado ao Tesouro Estadual.
Entre os participantes, a expectativa era grande para arrematar os lotes. O mecânico e vendedor, Neivaldo Fernandes da Paixão, 47 anos, por exemplo, esperava comprar, reformar e vender o rolo compactador – cujo preço mínimo estava em R$ 5 mil. A firma para a qual ele trabalha também demonstrou interesse em outros itens.
“Acho que a máquina vale uns R$10 mil, e é esse o lance que viemos ofertar. Também nos interessa adquirir a caminhonete D20, de 1993, para uso próprio da empresa, depois de uma reforma”, explicou Neivaldo. Para a caminhonete, com preço mínimo, no edital, de R$ 5 mil, Neivaldo estava disposto a arrematar por R$ 12 mil. O rolo compactador acabou sendo arrematado por R$12.800 e a caminhonete saiu por R$13.600.
Freqüentador dos leilões do Governo do Estado, o comerciante de Feira de Santana, Walter Bernardo de Souza, 58 anos, esperava a oportunidade certa para arrematar sucata de veículos, para abastecer o comércio que possui de revenda de peças automobilísticas. “Compensa também para quem pensa em recuperar e revender. Acaba sendo um negócio conveniente tanto para o Estado como para os comerciantes”, afirmou Walter, que acompanhava a valorização dos lotes. O lote 2 da primeira parte do leilão, por exemplo, de sucata ferrosa, com preço inicial de R$ 800, foi arrematado por R$ 8,8 mil, citou Walter.
Oportunidade de negócios era o que esperava o microempresário de Jequié, Miguel Figueiredo Filho, 45 anos. Ele arrematou um Gol 1000, 1998. “Paguei R$12 mil. Depois que arrumar, investindo cerca de R$ 8 mil, repasso com lucro”, calculava o microempresário.