Ampliar a humanização das decisões da Justiça a partir do espiritismo é o principal objetivo da Associação Brasileira de Magistrados Espíritas (Abrame). A entidade conta com 80 representantes baianos e um total de 700 associados em todo o país, que participam, até sábado, em Salvador, do IV Congresso Brasileiro da categoria. O evento, aberto hoje (10) à noite pelo governador Jaques Wagner e pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Benito Figueiredo, realiza-se pela primeira vez na Bahia.
Wagner desejou boas-vindas aos participantes. “Que o congresso seja um momento de grande reflexão e aprofundamento das teses do espiritismo, sustentado pela Abrame, sobretudo neste momento ímpar que a Bahia vive no que diz respeito aos três poderes, com autonomia, independência e ótima relação entre si”, disse o governador.
“É um marco na história da Justiça baiana e brasileira, que busca mais espiritualidade no Direito, sobretudo nas decisões de conflito”, afirmou Figueiredo. Ele acredita que o congresso terá resultados futuros, principalmente na humanização das questões penais.
“Que Justiça seja praticada com uma espiritualidade superior, respeitando a dignidade do ser humano em todas as suas decisões”, afirmou Zalmino Zimmerman, presidente da Abrame. A partir de amanhã, as conferências serão realizadas no Bahia Othon Palace Hotel, com a presença dos 27 delegados regionais da Abrame em cada estado. A palestra de abertura foi proferida pelo médiun Marcel Cadidé Mariano, diretor da Federação Espírita do Estado da Bahia (FEEB).