Os sete empresários presos ontem (2) durante a Operação Tesouro foram liberados. Acusados de sonegação fiscal, os proprietários de restaurante e de duas empresas de software tiveram sua prisão revogada depois de prestar depoimento. A prisão temporária foi revogada pela juíza da 1ª Vara Especializada Criminal, Ivone Bessa Ramos, mediante pedido dos advogados. Como já haviam prestado depoimento e não tinham nenhum outro pedido de prisão em aberto, os acusados puderam ser liberados.
O pedido de prisão temporária tem validade máxima de cinco dias. Esse tipo de prisão é solicitado ao juiz quando há necessidade de esclarecimento dos fatos. O coordenador do Grupo de Promotores em Combate aos Crimes de Sonegação Fiscal, promotor Sólon Dias da Rocha Filho, afirmou que a revogação não afeta o sucesso da operação. “Eles já estão submetidos a inquérito policial”, disse.
Cinco dos acusados foram liberados na noite de ontem, e os outros dois, Alexandre Farias Cordeiro e Charles Henrique Lima Santana, deixaram a sede da Polinter na tarde de hoje (3). Eles são ex-funcionários da empresa Netowork, acusada de comercializar versões antigas e não certificadas do programa Colibri, que emite notas fiscais, para burlar o sistema fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz).
As máquinas de cartão de crédito, livros contábeis, emissores de notas fiscais e computadores que foram recolhidos em 19 restaurantes, bares e pizzarias, além de duas empresas de informática, estão custodiados com os promotores do Ministério Público. “Estamos colhendo elementos para a deflagração da ação penal”, destacou Rocha Filho.