Mais de quatro mil estudantes e um campus com 40 mil metros quadrados de área. Essa pode ser a realidade do Campus XIX da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Camaçari, nos próximos cinco anos. As projeções foram feitas durante recente reunião entre a administração da universidade e autoridades municipais.
O encontro, ocorrido na Reitoria da Uneb, em Salvador, marcou o início das negociações para que a universidade faça parte do projeto Cidade Técnica e Universitária, que vai reunir instituições baianas de ensino superior e tecnológico em Camaçari.
O prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, acredita que esse projeto vai transformar a cidade num pólo de serviços e educação. “A parceira com a Uneb é fundamental, porque essa universidade sempre brigou pela interiorização do ensino”, salientou. Já o reitor Lourisvaldo Valentim acredita que o projeto está de acordo com a política de inclusão social adotada pela universidade.
Hoje, o Campus XIX da Uneb abriga o Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) e oferece os cursos de Direito e Ciências Contábeis. O prédio, que abriga 800 estudantes dos dois cursos, não é de propriedade da universidade.
O convênio firmado com a prefeitura de Camaçari prevê a doação de um terreno de 40 mil metros quadrados e a ampliação da oferta de cursos, com a implantação de opções como Economia, Sistemas de Informação e Administração.
Até o primeiro semestre de 2008, será encerrada a primeira etapa do projeto, que tem orçamento de R$ 3 milhões. Nessa fase, será construído um novo prédio com 20 salas, bibliotecas e laboratórios.
Nas outras etapas, haverá o investimento na ampliação dos prédios e nos equipamentos para que a universidade atinja, até 2012, a meta de aumentar em 400% a oferta da graduação. O investimento da prefeitura de Camaçari se justifica, pois, diariamente, a administração municipal transporta 4,5 mil alunos para estudar em Salvador e Lauro de Freitas. O gasto anual chega a R$ 40 milhões.
“Esta é uma oportunidade única para a universidade e temos que unir esforços para conseguir uma ampliação que não prejudique a qualidade dos cursos e a atenção dada ao estudante”, afirmou o diretor do DCHT do Campus XIX, José Cláudio Rocha. Os próximos passos são a produção de um projeto arquitetônico, a definição dos custos operacionais e as negociações junto ao governo estadual para ampliação de pessoal e contratação de professores.