Depois de cruzarem a linha do Equador, os 160 velejadores da regata Internacional Clipper 07-08 Round the World começaram a refazer as contas para a chegada em Salvador. Antes prevista para o último final de semana, agora, com os fracos ventos no oceano Atlântico, a expectativa é que a primeira das 10 embarcações da competição aporte na capital baiana somente nesta amanhã (16), das 12 às 14 horas.
Pelas informações vindas do mar, o veleiro Durban 2010 and Beyond, liderado pelo experiente skipper Rick Chalmers foi o primeiro a cruzar a linha do Equador, mantendo uma apertada vantagem sobre o barco Nova Scotia, que passou em segundo e o Glasgow, em terceiro.
Os veleiros ainda precisam percorrer pouco mais de 600 milhas náuticas para chegarem até a Vila das Regatas, antigo Centro Náutico, na Baía de Todos os Santos, onde os participantes da Clipper Round serão recepcionados e estimulados a conhecer o destino Bahia, para novas e emocionantes aventuras náuticas.
Na capital baiana, os 160 participantes da regata internacional, juntamente com cinco jornalistas estrangeiros, permanecem por aproximadamente 10 dias, enquanto aguardam os serviços de manutenção nas suas embarcações. Durante esse período eles terão à disposição um roteiro de atrações turísticas, que poderão incluir novas rotas náuticas.
O objetivo do Governo do Estado da Bahia é reverter os números do turismo náutico que mostram o Caribe como o principal destino dos barcos europeus, com cerca de 5 mil deles passando, por ano, próximo ao litoral nordestino, com um número extremamente reduzido de paradas nos portos brasileiros.
Segundo as pesquisas, cerca de 32 mil famílias estão viajando pelo mundo, a bordo de veleiros. Os Estados Unidos lideram no número de barcos por habitante, com um para cada 20 americanos, ficando a Inglaterra em segundo lugar com um para cada 66 ingleses, seguidos dos italianos, com um para cada 125 e os espanhóis com um barco para cada 400 moradores.
No Brasil, esse número pula para um barco para cada 1600 moradores, um número ainda distante para a força de um país que possui 8 mil km de extensão do seu litoral, com uma navegabilidade avaliada entre boa e ótima para pequenos barcos de recreio. Além disso, a visibilidade submarina de alguns pontos de mergulho no Brasil, a exemplo de Abrolhos, Fernando de Noronha e Atol das Rocas, chega a 42 metros, estando entre as melhores do mundo.