(São Luís – MA) Dirigentes do governo e bancos federais anunciaram investimentos para a Bahia, durante o 4º Encontro de Governadores da Região Nordeste, hoje (5), em São Luís do Maranhão. O subchefe para assuntos federativos da Secretaria de Assuntos Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, destacou a construção da Ferrovia do Oeste. “Esse assunto, inclusive, foi alvo de uma solicitação pessoal do governador Jaques Wagner a nós e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) já sinalizou interesse em discutir o tema. Estamos viabilizando um arranjo financeiro para tornar isso possível”, explicou Padilha. Ele lembrou que o governo federal também planeja fortalecer a cadeia produtiva do cacau, através de investimentos no sul da Bahia.
Só este ano, o BNDES aprovou três projetos para a Bahia – a construção da fábrica da Nestlé, a ampliação do terminal portuário de Cotegipe e a distribuidora de energia elétrica, a Coelba. Juntos, eles somam R$ 334,3 milhões. Além desses, o BNDES já contratou um financiamento de R$ 326,9 milhões para a Brasken (para o programa de investimentos nas unidades da empresa) e de R$ 200 milhões para a Suzano, destinadas ao projeto florestal entre 2008 e 2010.
O presidente do Banco do Nordeste, Roberto Smith, destacou que, dos R$ 8 bilhões que o BNB deverá aplicar nos nove estados durante o ano de 2007, algo em torno de R$ 2 bilhões deverão vir para a Bahia. “É o estado em que o banco mais aplica, pois tem maior poder econômico e um Produto Interno Bruto (PIB) mais expressivo. Cerca de 25% a 30% do total de aplicações do banco vão para a Bahia”, destacou. Segundo Smith, os investimentos no estado são destinados a áreas como infra-estrutura, agricultura familiar e projetos industriais.
“A Bahia tinha uma carência grande de projetos e minha primeira preocupação ao assumir o governo foi criar um pacote de ações nesse sentido, pois é o projeto que traz o dinheiro”, falou o governador Jaques Wagner, acrescentando que considera fundamental que os estados nordestinos estejam sempre apresentando demanda junto ao BNDES. Ele afirmou que, desde o tempo em que foi ministro do Trabalho, percebia que os recursos do Fundo do Nordeste não eram totalmente usados por falta de projetos. “Com o presidente Lula, isso vem mudando e os próprios bancos são estimuladores”, completou.