Numa sociedade marcada pelo consumo, com utilização de materiais descartáveis, a destinação final do lixo interfere na qualidade de vida das pessoas e, por isso, tem sido uma preocupação constante dos gestores públicos. O que fazer para estruturar as políticas públicas e encarar de maneira eficaz o desafio do lixo nos municípios baianos?

Este é o objetivo do I Seminário Estadual de Resíduos Sólidos, promovido pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e Ministério Público Estadual, amanhã (1º), das 8 às 18h, na Fundação Luis Eduardo Magalhães, voltado para gestores públicos, prefeitos e promotores de justiça do meio ambiente. Para os demais interessados, o evento será transmitido ao vivo no site www.sedur.ba.gov.br.

A problemática decorrente do lixo é evidenciada nos “lixões”, depósitos de lixo a céu aberto, em solo desnudo, sem isolamento ou controle da entrada de pessoas e animais, e desprovidos de quaisquer mecanismos para evitar a poluição ambiental provocada pela decomposição e lixiviação dos resíduos sólidos.

A implantação de aterros sanitários é mecanismo amplamente utilizado para solucionar o problema do lixo na maioria dos municípios vistoriados. Dessa forma, todos os resíduos produzidos num município são considerados materiais indesejáveis, a serem coletados, transportados e descartados nos aterros.

Uma queixa constante dos prefeitos, principalmente das pequenas cidades, é a falta de recursos para garantir a implantação, a manutenção e a contratação de técnicos capacitados para garantir o manejo adequado dos resíduos sólidos urbanos. Para o secretário de Desenvolvimento Urbano, Afonso Florence, uma das saídas está na criação de consórcios públicos voltados a atender conjuntos de municípios que separadamente não têm condições de responder a demandas cada vez maiores de tratamento e manejo do lixo.