O Conselho Estadual de Saúde decidiu, hoje (18), durante a 8ª reunião extraordinária, publicar nota de apoio ao secretario Jorge Solla, depois dos últimos acontecimentos relacionados à queixa – crime prestada pelo secretário após constatar o ato fraudulento comprometendo seu nome e do gerente geral do Projeto Saúde Bahia, Fernando Vasconcelos. No transcorrer da reunião também foram empossadas as conselheiras Maria Luiza Costa Câmara, representante titular da Associação Baiana de Deficientes Físicos, no CES, e Silvanete Brandão Figueiredo, como sua suplente.

O conselheiro e vice-presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde, Raul Molina, afirmou que as notícias que os jornais vêm veiculando nos últimos dias, não passam de ataque político, que visam destruir o projeto político que a gestão do secretário Jorge Solla vem desenvolvendo. “Esses ataques são direcionados ao governo e à política que visa o fortalecimento do SUS”, disse.

Para Tereza Deiró, conselheira representante dos trabalhadores, existe um consenso entre os conselheiros nesta perspectiva de apoio a atual gestão da Sesab. Ela disse que é do conhecimento de todos, a trajetória do secretário e que ele não precisava dar explicações. “Solla conhece o papel importantíssimo do Conselho, sua função de controle social, e, por isso, veio aqui esclarecer os fatos. Que isso sirva de alerta para nós, conselheiros, e que a solidariedade seja uma premissa entre nós”, afirmou.

Em sua explanação, a representante do Ministério da Saúde no CES, Débora Dourado, falou do tratamento diferenciado que tem sido dispensado aos conselheiros pela nova gestão da secretaria. “Não podemos deixar de lembrar que hoje discutimos e esclarecemos nossas dúvidas sobre as prioridades das políticas. Na gestão passada, ficamos dois anos sem prestação de contas financeiras do Fundo Estadual de Saúde, e isso é uma obrigação do gestor. Temos que cobrar apuração das coisas do governo passado sobre o Projeto Saúde Bahia, que até hoje não foram esclarecidas”, desafiou. Ela destacou a iniciativa louvável do secretário Solla de ter ido à Assembléia Legislativa, duas vezes, fazer esta prestação de contas.

O secretário fez um resumo de todos os acontecimentos, esclarecendo, passo a passo, o ocorrido desde o ano de 2005, quando foi iniciado o processo de licitação. Ele ressaltou que a comissão técnica, responsável pela avaliação das propostas, e a comissão de licitação foram montadas pelo governo anterior e que nem ele e nem o atual gerente geral do Projeto Saúde Bahia, Fernando Vasconcelos, tinham vínculos com a Sesab neste período.

Solla destacou ainda que os ataques não são gratuitos, apesar de infundados, pois são quase 10 meses de uma gestão que vem mexendo em muitos interesses. “Estamos encerrando a inscrição do processo seletivo que vai contratar 1.566 profissionais de saúde. Basta dizer que dessas, 1300 vagas eram antes ocupadas pelos indicados e cabos eleitorais”, disse. Ele explicou que muitos contratos viciados e escusos existentes anteriormente na secretaria foram cancelados, o que fez muita gente ficar insatisfeita.

Estavam presentes na reunião superintendentes, diretores, assessores da Sesab, usuários e prestadores de serviços ao Sistema Único de Saúde da Bahia.