Estado disponibiliza serviços de saúde no Dia Mundial da Alimentação

O tema Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) está cada vez mais na pauta de discussões do país. O debate ganha força todo dia 16 de outubro, quando se celebra o Dia Mundial da Alimentação. Para comemorar a data, lembrada por mais de 180 países, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), por meio da Superintendência de Inclusão e Segurança Alimentar (SIAA), promove, a partir de hoje (15) uma série de atividades.
A primeira delas será, das 14 às 16h, no Centro Social Urbano (CSU) da Liberdade. Serão feitas dosagem de glicemia e aferição de pressão arterial, atividades com profissional de educação física, ações educativas sobre alimentação saudável e momento de socialização com degustação de alimentos. O objetivo é chamar atenção para a importância do tema, oferecer serviços de saúde e promover alimentação saudável à população de baixa renda.
Amanhã (16), entre 11 e 13h, no Restaurante Popular da Liberdade, e quinta-feira (18), entre 10h30 e 13h, no Restaurante Popular do Comércio, a população será orientada sobre aproveitamento integral de alimentos. Haverá oficina de produção de geléias, doces e compota, técnicas de higiene e manipulação de alimentos, degustação e distribuição de livros de receitas.
Na área de saúde serão oferecidos serviços de dosagem de glicemia, aferição de pressão, avaliação nutricional e encaminhamento aos postos de saúde em caso de necessidade. Também estão previstas ações sócioeducativas a exemplo de palestras, exibição de vídeos e distribuição de folhetos sobre hipertensão arterial, diabetes, obesidade, anemia e outras doenças.
Na sexta-feira (19), último dia das atividades, das 14 às 16h, a Sedes volta a atuar no CSU da Liberdade com medição do Índice de Massa Corpórea (IDC), orientação nutricional e distribuição de material educativo.
Através dos Restaurantes Populares da Liberdade e do Comércio, a população tem acesso às refeições ao preço de R$ 1. O restante do valor, que corresponde a R$ 2, 70, é pago pelo Governo do Estado. Nos dois restaurantes, 4.300 refeições são servidas diariamente. A Sedes informou que a iniciativa será ampliada, contemplando outros bairros da capital e municípios do interior.
Outras iniciativas estão previstas pela Sedes na intenção de garantir alimentação saudável, em quantidade suficiente e de modo permanente à população baiana. As ações visam atender prioritariamente a população mais vulnerável, que inclui negros, índios, moradores do semi-árido e trabalhadores sem-terra.
De acordo com dados do IBGE de 2004, na Bahia, mais da metade da população (50,2%) apresenta algum grau de insegurança alimentar. Deste total, 32,2% está em situação grave.

Conselho

Discutir, propor, monitorar e controlar políticas públicas voltadas à segurança alimentar da população baiana são algumas das atribuições do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia (Consea-Ba), criado em 2003. Vinculado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), o conselho é formado por 36 entidades, sendo 12 do segmento governamental e 24 da sociedade civil.
A atual composição do Consea se deu através de indicação das secretarias por parte do Governo do Estado e da eleição no dia 10 de agosto das organizações não-governamentais. Entre os desafios a serem enfrentados pelos novos conselheiros, está o de elaborar, ainda este ano, propostas à Lei Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, a ser enviada pelo governador Jaques Wagner à Assembléia Legislativa.
Para discutir O Direito Humano à Alimentação, o Consea e a Sedes participam, no próximo sábado (20), das 14 às 17h, de uma mesa-redonda. A atividade acontece na Escola Estadual Odorico Tavares, na Avenida Sete de setembro – Corredor da Vitória, em Salvador.
Também participam do evento representantes da Rede de Educação Cidadã Talher Nacional e Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu (Acbantu), Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar (Rede Ibfan), Associação Baiana de Doenças Falciformes e outras Hemoglobinopatias (Abadfal) e Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep).