Representantes dos 22 municípios da área de abrangência da 7ª Diretoria Regional de Saúde (Dires) participaram esta semana do 1º Seminário de Implementação das Ações de Vigilância do Óbito Materno-infantil. O evento, no auditório da Faculdade de Tecnologia e Ciências, em Itabuna, contou com a presença de médicos, enfermeiros e estudantes.
A palestra de abertura foi ministrada pelo consultor do Ministério da Saúde e pesquisador do Instituto Materno-infantil de Pernambuco, Paulo Frias. Ele falou sobre as dificuldades encontradas na gestão do Sistema Único da Saúde (SUS), sobretudo nas ações de combate às causas da mortalidade materno-infantil.
Segundo o médico, apesar de ter grande abrangência, o SUS deixa falhas que são agravadas pela questão social. “Com tudo isso, não podemos abandonar o desenvolvimento de políticas públicas eficientes na gestão da saúde coletiva. É preciso dinamizar o SUS dentro da proposta da universalidade”, explicou.
Dentre as principais estratégias do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) nas ações de combate à mortalidade materno-infantil, estão efetivação de pactos municipais e estaduais, qualificação e humanização da atenção à saúde da mulher e da criança, acolhimento ao parto e garantia do direito ao acompanhamento.

Ações do Estado

A questão do índice de mortalidade materno-infantil preocupa as autoridades de saúde, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste do país, onde as condições sociais da população agravam ainda mais a situação.
No sul da Bahia, os piores índices estão nos municípios de Coaraci, Camacã e Ibicaraí, quando se leva em conta o registro da morte neonatal. O levantamento é da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), que afirma que já vem implementando ações para reverter o quadro.