O presidente da Câmara Municipal de Esplanada, vereador Djalma Brito de Lima, apontado pelas investigações policiais como o autor intelectual no assassinato do oficial de justiça Expedito José de Santana, foi preso hoje (25) pelos agentes da Coordenadoria Regional de Polícia de Alagoinhas (2ª Coorpin). A prisão foi em cumprimento a um mandado de prisão temporária, expedido pelo juiz Kelfren Teixeira Rodrigues. O crime ocorreu no dia 7 de setembro deste ano no Km 38 da BR 101, trecho da cidade de Esplanada, a 160 quilômetros de Salvador.
De acordo com o coordenador da 2ª Coorpin, delegado Fábio Lordello, outros três envolvidos no assassinato e que estão custodiados na sede da coordenadoria, acusam o vereador de ser o mandante do homicídio, crime, segundo eles, motivado por desavenças políticas. Expedito teria denunciado irregularidades na gestão do presidente da Câmara, tendo duas semanas após o ocorrido sido encontrado morto dentro do táxi de sua propriedade, numa estrada de barro, as margens da rodovia.
Em seguida às prisões dos executores, as investigações indicaram a participação do presidente da Câmara Municipal no crime. Ele foi capturado no final da manhã, ao sair da casa de um amigo, em Esplanada.
Na residência de Djalma Brito de Lima, no bairro Timbó, a Polícia apreendeu uma pistola 765, municiada, autuando-o em flagrante por porte ilegal de arma, O vereador será transferido ainda hoje (25) para a sede da Polinter, em Salvador. As investigações do caso estão sendo acompanhadas, desde o início, por dois promotores designados pelo procurador geral de Justiça, Lidivaldo Britto.
Oito dias antes do crime, Expedito José de Santana registrou queixa na Delegacia de Esplanada, denunciando que estaria sendo ameaçado de morte por desconhecidos a mando do pai de Djalma Brito Lima. O Oficial de Justiça também formalizou uma denúncia ao Ministério Público sobre a existência de atos de improbidade na Câmara de Vereadores.