Em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã de hoje (25), o governador Jaques Wagner afirmou que a missão do seu governo é promover a reconstrução social do estado. Com entusiasmo, ele declarou que 53 mil empregos formais com carteira assinada foram gerados na Bahia durante os primeiros oito meses de 2007, mais que o dobro do número verificado no ano passado – 23 mil. “Se esse ritmo continuar, 2007 vai ser o melhor ano dessa última década de geração de postos de trabalho com carteira assinada, o que é uma boa notícia para todos os baianos”, comentou.

Wagner também declarou ter ficado satisfeito ao saber, durante a abertura da Feira da Associação dos Dirigentes e Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), semana passada, que o setor imobiliário baiano vendeu 79% a mais de imóveis, em comparação a 2006. “Tudo indica que estamos entrando no chamado boom nesse ramo. Estamos com mais um shopping funcionando desde o primeiro semestre e já existe outro em construção, na Paralela. Isso é muito bom porque a construção civil responde muito rapidamente à geração de emprego”, acentuou, festejando ainda o saldo positivo de US$ 1 bilhão de dólares na balança comercial baiana, o que sinaliza um crescimento de 4,5%.

Ao responder as perguntas do apresentador Mário Kértezs, o governador informou sobre a visita que o presidente Lula fará a Salvador na próxima segunda-feira, quando serão assinados diversos atos importantes, como a inclusão da ferrovia oeste-leste no Plano Nacional de Logística de Transportes. “É um sonho que se transforma em realidade”, definiu, explicando que o presidente também visitará a fábrica da Ford, em Camaçari, onde um Ecosport vermelho (carro de número 1 milhão) será doado à Secretaria de Segurança Pública do estado e um outro veículo a uma instituição de caridade. A Ford, inclusive, tem previsão de novos investimentos da ordem de R$ 1,8 bilhão, na Bahia.

Viagens

Na pauta da entrevista, também estava a viagem que o governador e o presidente farão a Zurique, na Suíça, logo após a visita à Ford. Na ocasião, será anunciado o país sede da Copa do Mundo de 2014 e exibido para o público, um vídeo sobre as melhorias realizadas no Estádio da Fonte Nova, em Salvador, já que há o pleito da capital baiana ser uma das cidades sede da competição. Além disso, Wagner reforçará o pedido de que uma eliminatória da seleção brasileira para a Copa de 2010 seja disputada na capital baiana. “Há vinte anos que a seleção brasileira não joga na Bahia”.

As demais viagens programadas, também comentadas pelo governador, são para o Rio de Janeiro, amanhã (26), para São Paulo, no dia 5 de novembro, e para a China, no dia 15. Na capital paulista, ele participa da abertura da Semana da Bahia na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), e aproveita para atrair mais investimentos. A ida à China também se baseia na prospecção de novos negócios. “Tudo indica que virei de lá com a assinatura para a instalação de uma nova mineradora, em Santo Antonio de Jesus”.

No Rio, o governador vai visitar o estande da Bahiatursa, na Feira da Associação Brasileira de Agências de Viagem (ABAV) e, no Morro da Urca, festejar a conquista da Bahia como uma das três finalistas do prêmio de melhor destino turístico do ano de 2007, a ser concedido pela Editora Abril.

A respeito do corte de vôos do aeroporto de Congonhas para Salvador e Ilhéus, o governador afirmou não concordar com a decisão tomada pelo Ministério da Defesa, pois considera o turismo uma área fundamental, que não pode ser prejudicada. “Estou pleiteando mais R$ 100 milhões para construir o novo aeroporto de Ilhéus e estou sempre conversando a respeito dos cortes com o presidente Lula e com o ministro Nelson Jobim. Tenho certeza que ainda chegaremos a um denominador comum, inclusive junto às companhias aéreas”, disse.

Wagner também revidou um comentário feito pelo ex-governador Paulo Souto, de que diversos produtos estavam indo para Pernambuco, e não para a Bahia. “Isso acontece porque, em Recife, foi preparada uma infra-estrutura atraente e os resultados estão aparecendo agora. Ou seja, os frutos estão sendo colhidos. Para mim, é triste saber que o porto de Salvador está entre os piores para operação. Então eu pergunto: eu quem estive 16 anos no poder e deixei o porto desse jeito?”, questionou.

No encerramento da entrevista, o governador falou sobre as inaugurações realizadas nas cidades do interior e apresentou alguns números referentes às indústrias que operam na Bahia, como a Azaléia, que sinaliza um aumento de 50% da produção de calçados até 2008, gerando mais cinco mil empregos no interior. A Toshiba também alcançou a marca de um milhão de computadores fabricados em Salvador. “É uma prova da excelência de nosso operariado. Eu, que vim do nosso pólo petroquímico, fico particularmente feliz com isso”, declarou. Ao concluir, Jaques Wagner salientou que o seu secretariado está passando por uma constante avaliação.