Depois de 30 anos da construção da represa de Sobradinho, no Vale do São Francisco, os impactos socioambientais das barragens voltam a ser tema de debates no estado. Até quinta-feira (22), o II Encontro Brasileiro Ciências Sociais e Barragens, no Centro de Convenções da Bahia, reúne pesquisadores de todo o país e da América Latina.

O evento será o ponto de partida para novas reflexões sobre construção de barragens e desenvolvimento regional, reassentamento das populações e conflitos sociais, geopolítica da água e posse e propriedade da terra.

Segundo a professora da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Ely Estrela, uma das organizadoras do encontro, esta é uma questão que se coloca sobre diversos temas atuais, como a gestão e o controle dos recursos hídricos, a transposição do Rio São Francisco, o planejamento energético do país e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.

As atividades do evento estão focadas nas questões relacionadas a deslocamentos e reassentamentos e às dificuldades enfrentadas pelas populações atingidas. Além desses temas, serão abordados a cultura, a história, a memória e o imaginário das populações atingidas e a sobrevivência das comunidades indígenas deslocadas.