As ações de fiscalização em eventos eqüestres e inquéritos soroepidemiológicos estão sendo intensificadas pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) para o combate à anemia infecciosa eqüídea (AIE), principal doença que acomete cavalos, burros, jegues e mulas.

Para o diretor-geral da Adab, Altair Santana, é muito importante a colaboração dos criadores no combate à AIE, pois trata-se de uma doença altamente transmissível e sem cura, sendo o sacrifício inevitável para os animais soropositivos. “A Bahia tem atualmente o maior rebanho eqüídeo do país com aproximadamente 1,25 milhão de cabeças, por isso a necessidade de preservar o rebanho livre da AIE para benefício do criador”, conclui Santana.

Do início do ano até novembro, foram identificados 1.061 animais soropositivos. Segundo o médico veterinário e coordenador do Programa de Sanidade dos Eqüídeos da Adab, Davi Freitas, os números são baixos, pois representam um índice de prevalência de 3% em todo o estado. “Para a Adab, os números mostram que os criadores estão mais conscientes quanto à importância do diagnóstico precoce de doença, que é letal, sem cura e sem tratamento”, afirma Freitas.

O coordenador da Adab recomenda aos criadores medidas acautelatórias, como a realização de exames anuais do plantel e a compra de animais mediante a apresentação de exame negativo para AIE, o que também deverá ser apresentado em caso de cruzamento entre animais provenientes de diferentes propriedades. “Como se trata de uma doença infecto-contagiosa transmissível, também deve ser evitado o contato de esporas, freios, arreios e agulhas entre animais contaminados e saudáveis”, afirma Freitas.

Diante da tradição do estado na realização de eventos eqüestres, a Adab tem intensificado a fiscalização na entrada dos animais em vaquejadas, cavalgadas, argolinhas e exposições. Ao exigir a guia de trânsito animal (GTA) e o exame laboratorial que comprove a ausência do vírus da AIE, a Adab auxilia na sanidade dos animais que participam desses tipos de evento, pois elimina o risco de animais contaminados terem contato com animais saudáveis.

Nos inquéritos soroepidemiológicos, realizados em parceria com prefeituras e associações de criadores, é feito um levantamento da doença em animais de determinada região ou município. Para realização dos exames, existem no Estado 25 laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura (Mapa), dentre eles dois são da Adab, localizados em Salvador e em Teixeira de Freitas.