Debater o estágio atual de desenvolvimento da aqüicultura na Bahia, comparando-o com a realidade de outras regiões do mundo foi o objetivo do encontro encerrado hoje (9) na Bahia Pesca, empresa da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri).
Os principais desafios, bem como as oportunidades para o futuro estão sendo apontados e discutidos, utilizando as estatísticas de produção do estado. O encontro também apontará o que a Bahia Pesca deve fazer para que exista uma aceleração no crescimento da aqüicultura na Bahia.
Para o chileno Carlos Wurman, consultor internacional em aqüicultura e pesca, a estratégia para o desenvolvimento aqüícola na Bahia é trazer a tecnologia de outros países. “Os centros de pesquisas, que serão implantados pela Bahia Pesca, adotarão as tecnologias vindas do exterior convertendo para a realidade baiana”, adianta.
O coordenador-geral de aqüicultura da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República (Seap), Marcelo Sampaio, afirma que hoje o Brasil não possui tanta qualidade no domínio tecnológico da produção e reprodução de espécies. Para ele, o material genético que o país possui é de péssima qualidade, mas a Bahia Pesca tem todo potencial para promover a melhoria necessária. “O Projeto Bijupirá Bahia já é um importante diferencial da aqüicultura brasileira com relação aos demais países”, informa Sampaio.
Na última terça-feira (6), a comitiva visitou as instalações da Fazenda Oruabo, pertencente à Bahia Pesca, que fica em Santo Amaro da Purificação. Carlos Wurman ficou encantado com as acomodações e destacou o Projeto Bijupirá como a principal força do trabalho realizado pela empresa.
A carcinicultura e a piscicultura marinha são os dois ramos da aqüicultura em que a unidade trabalha. Nela existe um laboratório de piscicultura marinha, onde se realizam trabalhos de maturação, larvicultura e alevinagem do bijupirá. A unidade possui o maior plantel de animais (cerca de 200 domesticados) do Brasil e tem capacidade para produzir inicialmente 100 mil alevinos por ano.
Também está instalado na fazenda um laboratório de carcinicultura, onde são desenvolvidas as atividades de maturação e larvicultura do camarão marinho e um setor de engorda de camarão, representado por 12 viveiros com tamanhos variados entre um e 15 hectares.