O recorde de 447 mil toneladas para a safra 2006/2007 do algodão, o que representa um aumento da produtividade em 15% na Bahia, está relacionado à adesão dos agricultores ao manejo fitossanitário, que tem como objetivo combater o bicudo algodoeiro.

Segundo informações da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), só na segunda quinzena de outubro deste ano 96% dos agricultores participaram do combate da principal praga, via Programa de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalba).

Foi também identificado pela Adab, órgão da Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), um recorde na destruição das soqueiras (resto que não foi aproveitado do algodoeiro) e no cumprimento à data-limite de plantio. As práticas realizadas na entressafra, que compreende o período de agosto a outubro, foram estabelecidas pela agência. Foram fiscalizadas 209 propriedades.

Com a ausência de plantas, os níveis populacionais da praga do bicudo do algodoeiro são reduzidos. Além dos benefícios ao plantio, como a redução do uso de defensivos e o aumento na produtividade, os agricultores inseridos no Proalba recebem descontos de até 50% no ICMS e maior estímulo para condução da próxima safra.

A Bahia é o segundo maior estado produtor nacional de algodão, contribuindo em 30% dessa cultura no país. A produção no oeste do estado equivale a 90% de todo o algodão da Bahia, ocupando uma área de 271 mil hectares.