O comércio varejista da Bahia cresceu 9,1% em setembro, em relação ao mesmo mês de 2006. Na comparação com o mês imediatamente anterior (agosto de 2007), a variação foi de 1,1%. Já são 46 meses consecutivos de crescimento nas vendas no estado. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE, divulgados em parceria pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).

A taxa apurada em setembro teve contribuição positiva de sete dos oitos ramos de atividade que compõem o indicador do varejo. Apenas o segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação registrou desempenho negativo, com redução de 4,3% nas vendas.

Mais uma vez, as principais contribuições positivas para a formação da taxa vieram de Outros Artigos de uso pessoal e domésticos (28,0%), Livros, jornais, revistas e papelaria (21,8%), Tecidos, vestuário e calçados (20,8%) e Móveis e eletrodomésticos (13,5%). Também houve bons desempenhos nos ramos de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (11,6%) e Combustíveis e lubrificantes (11,0%).

O ramo de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 3,5%, ao passo que no subgrupo de Hipermercados e supermercados a variação foi mais significativa (5,1%). Nos segmentos que não integram o indicador do varejo: Veículos, motocicletas, partes e peças, as vendas expandiram-se 25%, enquanto que Material de Construção apresentou variação de 2,3%.

Com o resultado de setembro, o comércio varejista baiano acumula expansão de 10,1% no volume de vendas nos nove primeiros meses de 2007. Esse desempenho superou o acumulado no mesmo período de 2006 (9,09%). Nos últimos 12 meses, a expansão foi de 10,4%. As condições favoráveis da economia brasileira foram preponderantes para a obtenção desses resultados.

Para o último trimestre do ano as expectativas são favoráveis à manutenção do crescimento nas vendas. Diante disso, o comércio baiano deve encerrar 2007 acumulando crescimento superior ao de 2006, período em que a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) apurou expansão de 9,67%.

Entre os fatores que contribuem para o bom desempenho do comércio está o aumento da massa salarial em circulação na economia, conseqüência da liberação do décimo terceiro salário e a redução do desemprego, pois a Bahia deverá encerrar 2007 com a maior taxa de emprego formal dos últimos dez anos.

Vale ressaltar que em setembro de 2005, a taxa básica anual de juros (Selic) foi reduzida de 19,75% para 19,50% e, em igual mês de 2007, com as contínuas quedas, a mesma situou-se em 11,25% ao ano. Ao longo desse período, a redução atingiu 8,5 pontos percentuais. No entanto, descontando-se a inflação, os juros reais permanecem elevados e no crédito direto ao consumidor tais reduções ainda não tiveram fortes impactos.