Investimentos no setor do agronegócio na região oeste baiano, café e cana-de-açúcar para a produção de álcool, e a instalação de uma indústria de material de construção na Região Metropolitana de Salvador (RMS) foram os primeiros resultados positivos dos encontros do governador Jaques Wagner, hoje pela manhã, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O governador está em São Paulo para a abertura do evento “Bahia – Abrindo as Velas do Saveiro”, que apresentará as múltiplas oportunidades de negócios no Estado. Logo mais, às 19h, ao lado do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, o governador inaugura oficialmente o evento, que se prolongará até o dia 11.

Além das audiências com investidores brasileiros, Jaques Wagner almoçou com 100 empresários americanos que integram a maior missão empresarial já recebida pela Fiesp, capitaneados pelo governador da Flórida, o republicano Charlie Crist. A conversa entre os governadores foi pautada em ações de desenvolvimento na produção de etanol, dando continuidade às negociações iniciadas por Wagner em sua recente visita aos Estados Unidos.

Para Skaf “é uma satisfação receber o estado da Bahia na Fiesp, estado que se destaca no Brasil pela sua competitividade, qualidade de sua mão-de-obra e suas belezas naturais”, disse.

Acompanhado por diversos secretários, o governador mostrou o atual cenário da Bahia e tratou de temas como petroquímica, energia, logística e infra-estrutura, indústria automobilística e turismo.

A expectativa da estado é captar investimentos da ordem de R$ 12 bilhões até 2011. Um dos projetos principais é ferrovia da Integração Oeste-Leste, recentemente incluída no Plano Nacional de Logística de Transporte pelo presidente Lula, e deverá mobilizar recursos de algo como R$ 2,5 bi para sua implantação, impulsionando o escoamento da produção agroindustrial e da mineração baianas. Amanhã (06), o evento prossegue com palestras e painéis, sempre com foco nas potencialidades do estado, que entre outros diferenciais se destaca pela qualidade da mão-de-obra e acesso aos portos.

“Os incentivos fiscais são um menu, mas o que a Bahia oferece de diferente é o tempero. Isto é, vamos negociar incentivos fiscais caso a caso a depender dos valores e da qualidade dos empregos criados, geração de riquezas e tecnologia”, destacou Wagner. “Estamos transformando necessidades em oportunidades”.

Na busca de tornar visível as potencialidades de negócios na Bahia, o governador, nas próximas semanas, vai visitar empresários em Portugal, Espanha e China. “Para ser visto, é preciso se mostrar”.