Até o final do ano letivo, os alunos do Colégio Estadual da Fonte Nova terão aulas no Instituto Central de Educação Isaías Alves (Iceia), no bairro do Barbalho. Dez salas vão atender aos estudantes do colégio, que funcionava no Estádio Octávio Mangabeira (Fonte Nova).

No total, são 600 alunos, entre o ensino fundamental e o ensino médio. As aulas serão reiniciadas amanhã (29), em um único período. A partir de segunda-feira (3), eles retomam o regime de tempo integral, no qual os estudantes passam nove horas no colégio.

Na manhã de hoje, a direção do Colégio da Fonte Nova reuniu professores, funcionários, alunos e pais no auditório do Colégio Estadual Severino Vieira, em Nazaré, para discutir a melhor alternativa. Em consenso, foi decidida a migração para o Iceia.

“Os que não ficarem satisfeitos com a alternativa podem pedir transferência para qualquer outra escola da rede pública do Estado. A possibilidade de transferência existe, principalmente para os que não têm condições de pagar transporte”, disse a diretora do Colégio da Fonte Nova, Salomé Brito.

Mãe de dois alunos, Rita de Cássia de Sá vai optar pela transferência. “Gostei da solução, mas vou preferir deixar meus filhos em uma escola mais próxima de casa, para não pagar transporte”, afirmou. Ela mora no Engenho Velho da Federação. Perto da Fonte Nova, existem outros dois colégios que servem de alternativa: o Victor Civita e o Central.

Manutenção das turmas

“A opção pelo Iceia permitiu a manutenção das turmas, além do setor administrativo, do Colégio da Fonte Nova. Mas se o aluno quiser mudar, ele será encaixado em outras turmas”, explicou o superintendente de Organização e Atendimento à Rede Escolar da Secretaria Estadual da Educação, José Maria Dutra.

A professora de Língua Portuguesa Iracema Botelho também considera que, apesar da mudança de endereço, os prejuízos foram minimizados. “A decisão uniu os interesses de professores e alunos. Teremos uma estrutura autônoma e ficamos livres do processo de criação de novas turmas”, observou.

“O melhor é que vamos continuar na mesma turma, sem precisar misturar ou mudar”, disse a aluna do terceiro ano do ensino médio, Gessica Cunha. Seu colega, Bruno Condi, também apoiou a decisão. “Estamos na quarta unidade e esta foi a opção menos prejudicial para nós. Vamos terminar o ano sem grandes mudanças”, destacou.