Para conhecer o trabalho de bastidores de uma regata do porte da Jaques Vabre, foram entrevistados alguns profissionais que desempenham funções, responsáveis pela garantia da navegação dessas verdadeiras máquinas de regatas que chegam a custar 2 milhões de euros.

William Fabulet, responsável técnico pelo trimarã Gitana 11, relatou que na travessia entre Le Havre e Salvador, a embarcação teve problemas com a quilha e com o motor de partida nas Ilhas Canárias, e foi tudo resolvido pelo telefone o motor foi desmontado e o problema resolvido. Uma embarcação deste porte emprega uma equipe de cinco pessoas.

Ele trabalha há três anos com o Gitana e quando perguntado sobre os pontos que mais despertaram sua atenção na Bahia, ele citou a Ilha de Itaparica, a Barra e o Centro Histórico.

Marie Dixueu, integrante também da equipe de manutenção do Gitana, disse que a quilha estava fissurada e foi substituída por uma mais resistente, mas esta não segurou o impacto dos ventos durante a regata. Por isso, foi feita a opção pela quilha fissurada, que segurou bem o impacto contra o vento e as correntes marítimas durante a travessia.

Perguntada sobre os pontos turísticos que mais lhe impressionaram em Salvador, ela argumentou o pouco tempo para passear por causa do trabalho, mas gostou muito de Itaparica.

Marc Liandert responsável técnico pelo Foncia, vencedor da classe Imoca, 60 pés na categoria monocasco, disse que foram mínimos os problemas enfrentados pela triuplulação do veleiro. Afirmou ainda que Michell, o comandante da embarcação, conhece bem seu barco e que o maior problema foi com o motor alimentado com gasolina, que gera toda a energia do barco. O combustível tem que ser racionado para reduzir o peso da embarcação.

Também ressaltou as belezas da Ilha de Itaparica como atrativo maior em sua primeira visita a Salvador. Cada técnico de uma embarcação como estas da Transat Jacques Vabre ganha em média 2 mil euros por mês.