Victorien Erussad e Frédéric Dahiel, skippers do Trimarã “Laiterie de St-Malo”, e skippers de outros dois veleiros da regata Transaltântica Jaques Vabre estão trazendo sementes de espécies importadas da América do Sul, há cinco Séculos, pelos colonizadores europeus.
Esta é uma iniciativa da associação “Inteligence Verte” e do conservatório dos “legumes esquecidos” da fazenda de Saint-Marthe, em Sologne, França, que oferece simbolicamente às populações da América do Sul as sementes para alertar a opinião pública sobre a urgência e a gravidade da situação da biodiversidade no mundo.
Em um Século, o planeta perdeu 75 % das variedades comestíveis cultivadas, quando 90% da economia e da população mundial dependem das culturas alimentares. É um desafio ecológico, econômico e social sem precedentes para manter nossos recursos alimentares e medicinais.
Para o ecologista, agricultor e escritor Philippe Desborsses, é doutor em meio ambiente pela Universidade de Paris e consultor da União Européia no Parlamento de Bruxelas, “é uma dimensão humanista e ecológica uma competição como esta regata para estabelecer um relacionamento intercultural e contribuir na conservação dos recursos naturais do planeta”.
Na chegada a Salvador, as sementes (amostras de mais de 100 variedades) foram entregues pelos navegadores a pequenos agricultores de diversas associações e ONG’s brasileiras, como a Rosa dos Ventos, que vai acompanhar o projeto na Bahia, a Onda Azul, e a certificadora internacional Ecocert que também é parceira no projeto, assim como as empresas Priméal e Celnat.