Uma semana no Atlântico, de Le Havre até Salvador

Oito dias foi o tempo necessário para o primeiro veleiro da Regata Jacques Vabre, o Groupama 2, percorrer 4,2 mil milhas náuticas, o equivalente a 5,4 mil quilômetros, do Porto de Le Havre, na França, até a Baía de Todos os Santos, em Salvador. A Jaques Vabre é a mais badalada regata transatlântica do mundo, comparada pelos amantes do esporte a Fórmula 1, devido à velocidade das embarcações atingirem cerca de 40 nós, ou seja, 72 km/h.

Ao som de tambores, o francês Franck Cammas e o suíço Steve Ravussin, foram recebidos por baianas de acarajé, portando bandejas com coquetéis e frutas típicas da região. O evento foi organizado pela Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), em parceria com a Bahiatursa.

"Um dos maiores prazeres é chegar aqui e ser tão bem recepcionado. A Bahia é um dos lugares mais lindos do mundo e tem uma das culturas mais ricas que conheço" ressalta o campeão Franck Cammas, após pisar em solo brasileiro. “Não é fácil concluir uma Regata dessas, devido aos fortes ventos tivemos diversas situações de risco no caminho, mas a sensação de ganhar é extraordinária", diz Steve Ravussin.

A Bahia, definitivamente, abriu os portos para o mundo, e o Terminal Náutico está sendo palco dos maiores eventos marítimos internacionais. Após receber a Regata Clipper Around, a Mini Trans-sat 6.50 e a Jacques Vabre, será a vez de sediar a Iles du Soleil e entra definitivamente para a historia, entre 25 e 30 de novembro, após a saída “B to B”, que será a primeira regata internacional que partirá do Brasil rumo à França.

As mesmas correntezas e condições geográficas que permitiram que Salvador fosse o maior porto do Hemisfério Sul até 1860, ano em que inventaram o barco a vapor, hoje, elevam a capital baiana à mídia mundial, só a Jacques Vabre rendeu mais de um milhão e quinhentos page view nos sites ligados ao evento, aproximadamente 2.500 reportagens para sites e revistas, 376 matérias para televisão e mais de mil para rádios.

Atrair o público estrangeiro para a Bahia gera emprego e renda para a população. Em outubro deste ano, apenas os 160 integrantes da Clipper e respectivos familiares, deixaram em dez dias de estadia, aproximadamente R$ 500 mil no comércio de Salvador.