Mesmo antes das chuvas previstas para os próximos dias, os incêndios florestais no município de Rio de Contas, na Chapada Diamantina, já foram extintos, conforme assegurou o comandante do 11º Grupamento de Bombeiros Militares, coronel Miguel Filho. O grupamento atuou no local, juntamente com voluntários e brigadistas. O governo baiano vem gastando, diariamente, cerca de R$ 40 mil para auxiliar os municípios nos trabalhos de combate aos focos de incêndios em toda a região, onde foi decretado estado de emergência.

O balanço das ações de combate aos incêndios florestais foi discutido esta semana em Rio de Contas, numa reunião com a participação de representantes de diversos órgãos envolvidos com os trabalhos: Corpo de Bombeiros, Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cordec), polícias Civil e Militar, Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Casa Militar do Governador e Ministério Público, além das prefeituras e organizações não-governamentais que atuam com proteção do meio ambiente.

Nos próximos dias, o Departamento de Polícia Técnica da Polícia Civil vai enviar peritos ao local para que sejam encontradas as causas e os responsáveis pelos incêndios para a aplicação de medidas punitivas aos culpados. Para facilitar as ações na área, a Delegacia de Meio Ambiente, sediada em Lençóis, vai reforçar as ações também a partir do município de Itaberaba.

Durante a reunião foi destacado o papel dos bombeiros, brigadistas e voluntários. Todos defenderam a importância de ações preventivas de educação ambiental, assim como a instituição obrigatória da disciplina nas escolas locais.

O superintendente da Semarh, Marcos Ferreira, reafirmou o compromisso do Estado de que “o apoio aos municípios atingidos continuará mesmo depois que a situação esteja plenamente estabilizada”. Segundo a Secretaria, as prioridades atuais são o combate imediato, dotação de meios de comunicação, contratação de mão-de-obra (brigadistas), diagnóstico e prevenção nas áreas de preservação, fiscalização de queimadas feitas por proprietários (geralmente, agricultores e pecuaristas), definição de áreas de preservação permanente, além do fortalecimento institucional do Estado na parceria com os municípios e a sociedade civil organizada (Ongs).