O governo da Bahia estruturou 105 programas, com metas e indicadores, para efetivar as diretrizes definidas no plano de ação que será implementado nos próximos três anos. Nesse período, 10 programas serão voltados para a garantia da educação pública de qualidade e comprometida com as demandas de aprendizagem do cidadão baiano.
Os dados são Mapa Estratégico da Bahia e foram apresentados, hoje (22), pelo secretário do Planejamento, Ronald Lobato, para oficiais-alunos do curso de Política e Estratégia Aeroespacial (CPEA) da Escola do Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (Ecemar).
Segundo o coronel Tirre Freire, o curso proporciona esse tipo de atividade para que os alunos possam conhecer planos e programas em desenvolvimento no país, visando subsidiar a análise da conjuntura brasileira nos aspectos político, militar, econômico, psicossocial e científico-tecnológico.
“Da Bahia, estamos levando uma impressão muito boa de um governo que valoriza o planejamento estratégico e que está imprimindo uma gestão baseada na transparência, na ética e em valores democráticos, pilares que devem nortear a ação dos governos em todo o Brasil”, declarou o oficial, que deu ao secretário uma placa da Aeronáutica para ser entregue ao governador Jaques Wagner.
Em sua apresentação, o secretário destacou a diretriz, cuja meta é integrar a Bahia com a Economia Global e Nacional. “Novas rótulas de desenvolvimento estão sendo propostas pelo governo federal, por meio do PAC, o que se alinha à meta do governo estadual de incentivar o desenvolvimento do eixo leste-oeste”, disse Ronald Lobato, destacando que o estado está desenvolvendo uma série de projetos com foco no desenvolvimento integrado.
Além das obras necessárias à recuperação de rodovias federais e estaduais, incluindo a construção de novos trechos, os projetos do governo do Estado buscam retorno da expansão dos sistemas ferroviário e marítimo, enfocando projetos de logística integrada. Para isso, o governo está investindo na revitalização da Hidrovia do São Francisco, incluindo a Plataforma Multimodal de Juazeiro, que vai permitir a ampliação do escoamento da produção, sobretudo da região oeste do estado, e a recuperação da ferrovia Juazeiro/Aratu.

Ferrovia da Integração

O fortalecimento do transporte ferroviário está entre as grandes estratégias de desenvolvimento continental do estado, com a construção da Ferrovia da Integração Oeste/Leste, que vai do litoral baiano à região oeste. Num segundo momento, o projeto se estende à ligação com o oeste do Brasil e depois com o Puerto Bayovar, no Peru, fazendo a conexão com o Oceano Pacífico. “O primeiro trecho será entre a costa leste baiana (próximo ao Porto de Ilhéus) e o município de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia”, destacou Lobato. O projeto da ferrovia defendido pelo Governo do Estado é baseado na proposta do professor Vasco Neto, da Universidade Federal da Bahia.
Também fazem parte das estratégias de desenvolvimento do estado da Bahia a ampliação e a instalação de portos e aeroportos. Os investimentos incluem intervenções no Porto de Salvador, Aratu e Ilhéus. As obras nos aeroportos baianos contemplarão, inicialmente, os equipamentos de Salvador, Ilhéus e Porto Seguro. O Aeroporto Internacional de Salvador terá um investimento de R$ 118 milhões, incluindo a ampliação do terminal de passageiros e de cargas, a implantação de nova pista e a construção de novos fingers.
As obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, também foram citadas pelo secretário como de relevância para o projeto baiano. Entre elas, Lobato destacou o resgate das ferrovias Norte/Sul, intervenções no rio São Francisco e no Nordeste Setentrional. Esta última, a partir da construção da ferrovia Transnordestina, cujo traçado exclui a Bahia, pois parte do Piauí, chegando a Pecém, no Ceará, e em Suape, Pernambuco.