Empresários interessados em fazer negócio com o Governo da Bahia receberam orientações e dicas durante o workshop Como Vender para o Estado, promovido em parceria entre a Secretaria da Administração do Estado (Saeb) e a Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil. O encontro foi realizado hoje (30), no Hotel Vila Galé (Ondina), e reuniu cerca de 40 representantes de empresas de diversos setores.
O workshop foi conduzido pelo coordenador geral de licitações do Estado Adriano Gallo e sua equipe. “A intenção da Saeb é preparar os fornecedores para atuar adequadamente nas licitações públicas. O treinamento inclui orientações referentes ao Decreto Estadual 10.545/07, lançado no início do mês, que estabelece novas práticas de contratação de mão-de-obra terceirizada pelo Governo do Estado”, ilustrou Gallo.
Ele lembrou ainda que dentre as iniciativas implementadas pela Saeb desde o início do ano – e que foram normatizadas pelo decreto – está o fim da prática de exclusão de licitantes cujos preços eram considerados inexeqüíveis por estarem abaixo de preço mínimo referencial estimado pela administração, prática considerada antieconômica pela Saeb. “Além disso, o governo passou a adotar exclusivamente o método de pregão eletrônico, que confere maior amplitude, celeridade e transparência ao processo licitatório”, destacou.
Adriano Gallo esclareceu que o Estado reconhece o direito das empresas em obter lucro, mas que é função do Governo detectar uma margem de lucro justa, que não se oponha ao interesse público. “Nossa proposta é estabelecer parcerias com a iniciativa privada que primem pela prestação de serviço eficiente, sem perder de vista o critério da economicidade”, esclareceu.
O presidente da Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil, Eduardo Salles, enalteceu a iniciativa da Saeb de orientar os fornecedores. “É uma satisfação receber o corpo técnico da Saeb para esclarecer o empresariado baiano quanto às formas de negociação com o Estado. Estamos registrando, inclusive, muitos elogios em relação à postura adotada pela Saeb quanto à transparência e abertura de novos canais diálogo com o empresariado”, disse Salles.
O workshop também encontrou respaldo no público. “Aplaudo de pé a iniciativa da administração estadual em estabelecer esse tipo de conversação entre governo e fornecedores, o que é fundamental para a qualidade dos serviços prestados. Com esse tipo de ação, sentimos que há um interesse real em tornar as negociações mais amplas, transparentes e seguras”, afirmou Jorge Ramalho, diretor de uma consultoria de informática.
Adriano Gallo lembrou que o poder público é hoje o maior cliente do país. Juntos, estados e municípios brasileiros gastam algo em torno dos R$ 120 bilhões por ano na aquisição de bens e serviços. “Profissionalizar esse mercado é um dever da administração pública para garantir que cada vez mais e melhores serviços cheguem ao cidadão baiano”, concluiu.