Cooperação desenvolve habilidade artística de jovens, indígenas e quilombolas

Aproximadamente 120 jovens do Centro Histórico de Salvador, assistidos pela Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac), e comunidades indígenas e quilombolas do interior do Estado serão beneficiados com cursos de artesanato de cerâmica e de bijuterias. Para isso, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) e a União Italiana do Trabalho (SUD-Uil) assinaram, hoje (19), termo aditivo ao Convênio de Cooperação Técnico-financeira, envolvendo um montante de quase R$ 1,3 milhão. A solenidade aconteceu no Centro de Formação em Cerâmica Artística da Bahia, no Pelourinho.
O convênio, firmado desde 2005, tem o objetivo de promover o desenvolvimento pessoal e capacitação artística profissional de jovens em situação de risco. “A bandeira da Sedes é enfrentar a desigualdade social que existe em nosso estado, onde a metade da população depende de transferência de renda. Essa parceria nos ajuda a incluir pessoas historicamente excluídas da cidadania”, disse o secretário Valmir Assunção.
Ele lembrou que a responsabilidade do estado é maior ainda em relação aos assistidos pela Fundac. Desta vez, com a renovação do convênio, os 120 jovens beneficiados terão assistência psico-pedagógica da própria fundação.
Jakson Jesus, 18, há um ano e meio monta produtos artísticos de cerâmica. Agora ele é monitor do curso e ajuda outros jovens aprenderem a modelar e ornamentar as peças que são comercializadas no Centro de Formação em Cerâmica Artística da Bahia. “Assim como consegui realizar isso – disse, mostrando as obras e se referindo à habilidade artística – outras pessoas vão conseguir, mas é preciso esforço”.
Novos passos

“O marco desse aditivo é a ampliação das ações aqui desenvolvidas para povos tradicionais, aproveitando todas as suas habilidades e cultura”, afirmou a superintendente de Inclusão e Assistência Alimentar da Sedes, Ana Torquato. Participarão dos cursos, 40 representantes dos povos indígenas Tuchás e Pataxós, dos municípios de Ibotirama e Prado, respectivamente, e mais 40 quilombolas de Itacaré e Bom Jesus da Lapa. Eles multiplicarão os conhecimentos adquiridos em suas comunidades, com o objetivo de inserir os produtos no mercado de artesanato.
“Faz parte da filosofia da SUD-Uil, a cooperação internacional. Que a gente consiga fortalecer, cada vez mais, a nossa parceria”, disse Bruno Ferro, presidente da instituição na Bahia. O diretor da entidade italiana, Rocco Carannante, destacou que o incentivo ao trabalho faz uma nação produzir e se desenvolver e que essa é a intenção da entidade a qual representa.