As exportações da Bahia alcançaram no mês de outubro US$ 683,7 milhões, um novo recorde histórico para o Estado. O resultado significa um incremento de 13,7% em relação a outubro de 2006 e de 14,4% sobre setembro deste ano. A alta dos preços internacionais, a demanda global aquecida e a conquista de novos mercados explicam o bom resultado alcançado pelas vendas externas baianas, que acompanham o ritmo nacional.

As importações alcançaram US$ 376,8 milhões, com alta de 2,8% sobre outubro de 2006. O resultado foi divulgado hoje (12) pelo Centro Internacional de Negócios da Bahia (Promo), vinculado à secretaria da Indústria, Comércio e Mineração.
No período de janeiro a outubro deste ano, as exportações baianas já alcançam US$ 5,9 bilhões, superando em 5,7% o mesmo período do ano passado, devendo chegar, segundo estatísticas do Promo, a US$ 7,2 bilhões até o final do ano, mais um recorde histórico.

De acordo com dados do Promo, o bom desempenho das vendas externas em outubro deveu-se à retomada dos embarques de óleo combustível, que cresceu 42%; de celulose, com +21%; do complexo soja (grão, farelo e óleo), com +56,6%; pneus, com +229,4%; e petroquímicos, com incremento de 8%, dentre os mais importantes.

Depois de quatro meses com variação negativa (junho, julho, agosto e setembro), a quantidade de produtos exportados pelo estado cresceu no mês de outubro em 1,02% e as receitas evoluíram 13,7%, graças à valorização dos preços internacionais principalmente de commodities agrícolas e minerais.

Segundo Arthur Souza Cruz, gerente de Estudos e Informações do Promo, a tendência é de que, por enquanto, fatores como o câmbio não apresentem mudanças significativas que venham a estimular um incremento maior na quantidade exportada.

Desta forma, o efeito da valorização do real nas exportações – que é mais sentido na redução das quantidades exportadas – acaba sendo compensado pelo aumento dos preços de várias mercadorias no mercado internacional. Isso tem acontecido, principalmente, nos setores petroquímico de derivados de petróleo, metalúrgico, mineral, papel e celulose, soja, café, pneus e couros.”

Com o crescimento econômico maior da União Européia em 2007, esse bloco passou a liderar o destino das exportações baianas, com crescimento de 24,3% e uma participação de 26,8% no período de janeiro a outubro. Também houve expressivo aumento de vendas para a Ásia, 25,6%, lideradas pela China, que já se posiciona como quarto maior mercado para produtos baianos em 2007, atrás apenas de Estados Unidos, Argentina e Países Baixos.

Importações

Impulsionadas pela combinação de dólar barato e crescimento econômico, as importações baianas já superam, no acumulado do ano (janeiro a outubro), todo o volume importado em 2006, alcançando US$ 4,5 bilhões, o que também é novo recorde para a Bahia.

Segundo Arthur Souza Cruz, com a proximidade das festas do fim de ano e o dólar ainda barato, as importações baianas estão em ritmo acelerado. Refletindo esses fatores, as importações de matérias-primas e bens intermediários foram 50% maiores e as importações de combustíveis e lubrificantes tiveram crescimento de 25% .

Os itens mais significativos importados em outubro foram automóveis, nafta, cacau, didrogeno, superfosfato, borracha natural, microprocessadores, e óleos de palmiste.