As atividades do programa Floresta Bahia Global, da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), começam, oficialmente sábado (1º), com o início do plantio de 30 mil mudas de árvores nativas, na presença de representantes da sociedade civil, administrações municipais locais, ambientalistas e estudantes de escolas da região.

O evento será aberto pelo secretário, Juliano Matos, às 10h, na sede do Parque Estadual Serra do Conduru, localizado entre os municípios de Ilhéus, Uruçuca e Itacaré, com a participação da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e do Instituto Floresta Viva, parceiros do programa.

O governo vem avançando na regularização fundiária do parque que completa, este ano, uma década de criação. O Conduru é a primeira unidade de conservação integral do estado a ser beneficiada pelo programa Floresta Bahia Global. O programa promove o plantio de espécies nativas, em trechos de floresta devastada, por meio da adesão de empreendimentos baianos ao selo carbono zero. O selo certifica a neutralização das emissões de CO2 das atividades, por meio da aquisição voluntária de créditos de carbono.

A iniciativa inédita do governo baiano, no setor público do país, foi lançada no Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho passado, com a “descarbonização” das viagens do governador Jaques Wagner, a bordo das aeronaves do estado, no período de 2007 a 2010.

Na cerimônia, na Base Aérea de Salvador, o governador entregou, simbolicamente, algumas mudas à direção do parque, representando as 30 mil árvores que, a partir de sábado, serão plantadas no Conduru. É a largada para o seqüestro do gás carbônico, lançado durante os deslocamentos aéreos de Jaques Wagner, contribuindo para minimizar os efeitos do aquecimento do planeta e sinalizando para a responsabilidade ambiental.

Parque do Conduru

A unidade de conservação integral possui 9.275 hectares, vizinha à Área de Proteção Ambiental Itacaré/Serra Grande, localizada no sul da Bahia. Segundo o Instituto Floresta Viva, organização privada sem fins lucrativos, que atua pela preservação dos recursos naturais, a região reúne parte significativa dos últimos remanescentes da Mata Atlântica do nordeste brasileiro.

A riqueza do parque atraiu pesquisadores do Conservation International, em 1997, à região, que atestaram a altíssima biodiversidade do lugar, com muitas espécies endêmicas. Segundo os ambientalistas, a Mata Atlântica, por ser um dos biomas mais ricos e ameaçados do Planeta, é prioridade máxima para a conservação.