Termina hoje (9), em Porto Seguro, o seminário “Silvicultura de Eucalipto no Sul e Extremo Sul do Estado da Bahia: perspectivas ambientais, sociais e econômicas”, que reúne, no auditório da Casa da Cultura, representantes do Ministério Público, Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), prefeituras, empresários, pesquisadores, sindicalistas, lideranças comunitárias, índios Pataxó, quilombolas e carvoeiros.

O seminário, iniciado quarta-feira (7), busca soluções para os conflitos existenciais e socioeconômicos associados à silvicultura, um maior controle e monitoramento ambiental do plantio de eucalipto, além de possibilitar a discussão para a implantação de ações de fiscalização ambiental planejadas e eficazes, que poderão fornecer diretrizes para o licenciamento ambiental e o zoneamento Ecológico-Econômico na região.

Líderes sindicais e de diversos segmentos da sociedade civil organizada, expuseram seus problemas a respeito da questão sócio-ambiental em consequência do plantio do eucalipto e as necessidade de solução para melhoria da qualidade de vida de suas comunidades.

O diretor da Associação Nacional dos Amigos do Meio Ambiente (Anama), Mário Lousada, fez uma retrospectiva da devastação no extremo sul, citando como responsáveis a indústria da madeira, a pecuária e o eucalipto. O coordenador do Núcleo da Mata Atlântica, Antonio Sérgio Mendes, demonstrou preocupação com a questão da silvicultura e alertou que se não houver nenhuma discussão, vamos ter um tipo de ocupação extremamente predatória.

A diretora geral do Centro de Recursos Ambientais (CRA), Beth Wagner disse que o seminário foi uma demonstração efetiva da dinâmica deste governo e salientou: “Estamos aqui discutindo zoneamento ecológico-econômico, uma dívida de 20 anos, que volta a discussão nesse governo”.