Técnicos do Centro de Recursos Ambientais (CRA) concluíram que um aporte de sulfato férrico causou a morte de peixes, predominantemente tilápias, no Rio das Pedras, na Boca do Rio. O produto vazou de uma linha de tubulação da Embasa que transporta o produto do tanque de armazenamento para a Estação de Tratamento de Água da Bolandeira. O fato ocorreu na última quarta-feira (28) por volta das 4h30 e imediatamente medidas foram adotadas pela empresa, como a parada do bombeamento do produto, o isolamento do local e a neutralização do sulfato.
Só após a divulgação do laudo das análises, prevista para dez dias, a comunidade será oficialmente informada pela CRA sobre o resultado da inspeção. Os moradores do bairro acionaram o Disque Meio Ambiente (0800711400) do Centro de Recursos Ambientais, para denunciar a ocorrência de peixes mortos na foz do rio. De imediato, uma equipe de plantão de emergência, comandada pelo biólogo José Antônio Lacerda, da Coordenação de Avaliação Ambiental da Diretoria de Fiscalização, se dirigiu ao local fazer a inspeção.
Os técnicos conversaram com os moradores e barraqueiros da área e com o engenheiro da Embasa, Glauco Cayres de Souza que disponibilizou os meios necessários para o trabalho realizado no trecho que vai da foz do Rio das Pedras à Praia da Boca do Rio, compreendendo 1,5 km de extensão.
Lacerda constatou que a água apresentava coloração marrom, denunciando a presença de sólidos suspensos e sedimentáveis, provenientes do aporte de sulfato férrico lançado no rio, atingindo aproximadamente 700 metros de extensão. Foi observada a mortandade peixes, predominantemente tilápias – cerca de 8 quilos – no trecho vistoriado e também em poder da população.
Na inspeção realizada pelo CRA foram coletadas amostras de água por técnicos do laboratório do Senai-Cetind para análises físico-químicos e bacteriológicos, em dois pontos no rio. O sulfato férrico é um produto utilizado no processo de tratamento de água para consumo humano, apresenta acidez – pH menor que 0,4 – coloração marrom, eco toxidade solúvel em água e em concentração alta torna-se prejudicial à vida aquática. Devido a sua natureza corrosiva, animais expostos poderão sofrer danos teciduais.