A Embasa atingiu esta semana a meta de 40 mil novas ligações de esgotos residenciais – uma média de 3.600 ligações por mês em 2007. A prioridade é atender as áreas críticas em 12 bacias de Salvador e região metropolitana. Em 2008, as obras serão ampliadas para todo o estado, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, num investimento total de R$ 803 milhões, até 2010.

Em Salvador, a cobertura de esgotamento sanitário chegará a 80% em 2008, com mais 64 mil ligações. Camaçari (R$ 60 milhões e 160 mil beneficiados) e Vitória da Conquista (R$ 78 milhões e 240 mil beneficiados) serão as primeiras cidades a iniciar as obras de esgotamento sanitário com recursos do PAC.

Para ampliar a cobertura no estado, a Embasa montou um programa intensivo para execução de ligações domiciliares, começando pelas áreas de baixa renda em Salvador.

O presidente da empresa, Abelardo Oliveira, afirmou que esta é apenas a fase inicial de um plano de saneamento que pretende corrigir a dívida social que o Estado tem com as populações carentes. Só em Salvador e região metropolitana, foram identificados 12 pontos críticos que vão receber obras de saneamento integrado.

“Mas este não é um trabalho fácil. O primeiro passo é conscientizar o morador da necessidade de ligar o seu imóvel à rede”, explicou Oliveira.

Segundo ele, para facilitar a aceitação do usuário, a Embasa se dispõe a fazer as obras internas e divide o pagamento em 60 meses, com as prestações cobradas junto com a conta de água. Caso o morador não concorde, a empresa ainda dá a opção de fornecer apenas o material, na maioria dos casos tubulação, também com pagamento em 60 meses.

Quando não se consegue a colaboração do usuário, entra em cena o Serviço Social da Embasa para conscientizá-lo da importância do esgotamento sanitário para a saúde pública.

Diminuição do índice de doenças

Todas as bacias de esgotamento sanitário de Salvador estão ganhando novas ligações. A de Mangabeira, onde se inclui o bairro de São Cristóvão, é um dos exemplos. A área está recebendo mais de 3 mil ligações.

Carlos Eduardo Reis, morador da Travessa Santo Antônio e membro da Associação de Moradores de São Cristóvão, disse que antes da intervenção da Embasa o esgoto corria a céu aberto. “A satisfação do pessoal daqui é de 100%.
Esgotamento sanitário é melhoria para a comunidade como um todo, porque acredito que o índice de doenças aqui vai ser diminuído”, declarou.