Mesmo tendo herdado uma dívida superior a R$ 200 milhões, a área de saúde pública da Bahia já sinaliza os primeiros resultados da mudança de perfil da gestão. Até o final do próximo mês, mais 17 lojas da Farmácia Popular do Brasil serão inauguradas na Bahia e o Programa Medicamento em Casa entra em fase de teste de campo.
Além disso, está em fase de finalização a primeira etapa da construção da Bahiafarma, resultado de investimentos de quase R$ 50 milhões em farmácia básica e de alto custo. Estes são apenas alguns números apresentados ontem (31) pelo secretário da pasta, Jorge Solla, em reunião do Conselho Estadual de Saúde (CES), no Plenarinho da Assembléia Legislativa da Bahia. Ele prestou contas do terceiro trimestre de gestão à frente da Sesab.
A transferência de quase R$ 52 milhões do Fundo Estadual de Saúde para os fundos municipais foi outro ponto destacado, que descreve os avanços conquistados pelo Estado neste ano. Só de contrapartida do Estado para o financiamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) nos municípios foram destinados R$ 810 mil.
Segundo o secretário, que anunciou para a próxima semana realização de um seminário interno sobre a fundação estatal, nestes nove meses de governo, muitas ações foram estruturais, mas, a partir de agora, os resultados começam a aparecer.
Na reunião, a conselheira Tereza Deiró fez a leitura de uma moção de apoio do CES a Jorge Solla – aprovada por unanimidade, diante dos ataques desferidos por deputados de oposição ao governo.
O secretário, por sua vez, fez a leitura da carta que o ex-diretor geral da Sesab, Amauri Teixeira, enviou ao conselho agradecendo pelo apoio e colocando sua vontade de retomar sua função na secretaria. “Voltei para o meu órgão de origem, obrigado por uma lei que ainda é nova e, por isso, cabem muitas interpretações. Acredito que muito em breve estarei de volta”, diz Amauri no documento. No final do encontro, Solla empossou uma nova conselheira, Cilene Ribeiro Martins, representante da Pastoral da Saúde.