O governo da Bahia quer aumentar a participação do Produto Interno Bruto (PIB) estadual de 3,5 para 8% no PIB nacional de tecnologia da informação (TI) até 2010. Para isso está trabalhando em três frentes: num ambicioso programa de capacitação que pretende formar 20 mil jovens como desenvolvedores de aplicações em TI até o final de sua gestão, num pólo tecnológico, em construção em Salvador, e em medidas de incentivo fiscal para atrair a indústria de tecnologia da informação.

“Queremos transformar o estado numa base de produção de software”, disse o assessor de Política Industrial do Órgão de Gestão Estratégica em TIC da Casa Civil do Governo da Bahia, Adhvan Furtado.

O programa de qualificação profissional está sendo estruturado pela Casa Civil, em parceria com as secretarias estaduais do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), da Educação (SEC) e de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). Já está em execução um programa piloto, com 100 jovens, que começou este mês.

“A idéia é trabalhar com jovens do ensino médio da rede pública para que eles tenham uma complementação de mil horas, no período de um ano, em informática”, explicou Furtado. Os estudantes receberão qualificação para trabalhar com três linguagens específicas (Java, .Net e Cobol), que são programas usados para o desenvolvimento de softwares, além de reforço em Matemática, Lógica, Português e Inglês.

Furtado destacou que os investimentos para o início do programa de qualificação, em 2008, já estão assegurados – cerca de R$ 1 milhão –, sendo uma parte do governo da Bahia e outra do Ministério do Trabalho, por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).