Softwares livres e proprietários podem conviver bem. E mais, um pode contribuir para o desenvolvimento do outro. Esta foi a opinião dos participantes do debate da tarde de hoje (6) na Semana Estadual de Tecnologia da Informação e da Comunicação, promovida pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia (Secti), no Hotel Sol Victória Marina.

A política de desenvolvimento de programas que possibilitem a qualquer pessoa adaptar os códigos e contribuir para o desenvolvimento dos softwares livres é apoiada pelos governos federal e estadual. Segundo o gerente de Inovação Tecnológica do Ministério do Planejamento, Corinto Meffe, o crescimento do modelo também contribui para o combate à pirataria. “Hoje o Brasil tem uma das maiores bases instaladas de software livre do mundo” e lembra: livre é muito mais do que gratuito.

Mais cético, Antonio Terceiro, que faz parte da Colivre (Cooperativa de Tecnologias Livres), acredita que a convivência não é viável, mas é inevitável por estarmos num momento de transição. “Ao invés de comprar um produto pronto, se contrata um serviço local”, defende.

Um outro aspecto importante desse tipo de programa de computador é a possibilidade de despertar o interesse por programação, já que há uma enorme demanda por profissionais nessa área. No Brasil, há mais de 17 mil vagas em aberto. Para o representante da Microsoft, Fábio Cunha, é preciso transformar a criatividade do brasileiro em inovação. “O Brasil pode ser o maior produtor de software do mundo, só precisa acreditar nisso”, afirma e completa: a fórmula para isso é a educação.