O nível de emprego com carteira assinada na Bahia cresceu 0,50% em outubro, percentual que representa saldo positivo de 6.219 novos postos no mercado de trabalho formal. Foram 48.146 admitidos e 41.927 desligados durante o mês. O saldo acumulado de 62.273 novas vagas abertas este ano já supera em 37 mil empregos o total acumulado em 2006, que foi de 25 mil novas vagas.

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, que foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento.

“Diante da sustentabilidade observada no processo de criação de empregos, é plenamente possível vislumbrar que a Bahia encerrará o ano de 2007 com um dos melhores desempenhos da década no tocante a criação de emprego formal”, diz o diretor de Pesquisas da SEI, José Ribeiro Soares Guimarães.

Em termos setoriais, em outubro de 2007 o destaque ficou por conta do setor de serviços (2.811 novas vagas), comércio (2.471 postos) e indústria de transformação (2.249 novos empregos, com destaque para a indústria mecânica que criou 1.082 vagas).

O setor agropecuário apresentou resultado negativo, com a eliminação de 1.877 empregos. Apesar da retração no mês, a agropecuária acumula em 2007 o saldo positivo de 9.045 vagas, o correspondente a uma expansão de 9,67%.

No acumulado dos dez primeiros meses de 2007 (de janeiro a outubro), os 62.273 novos empregos gerados correspondem a um incremento de 5,36% . O resultado está abaixo da média nacional (6,55%) e superior em relação ao conjunto da região Nordeste, que acumula um aumento de 4,86%, mediante a criação de um saldo de 201.836 novos empregos. A Bahia responde isoladamente por 31,6% do total de empregos criados este ano na região Nordeste.

O interior do estado lidera a geração de empregos em 2007 com 34.820 empregos (55,9% do total), o que reforça o processo de desconcentração espacial da geração de oportunidades de trabalho.

Entre janeiro e outubro de 2007 o setor que mais respondeu pelo surgimento de novos empregos com carteira de trabalho assinada foi o de serviços (16.320 vagas ou 26,2% do total), seguido pela indústria de transformação (13.305 ou 21,4% do total), construção civil (11.178 postos ou 17,9%) e comércio (10.532 vagas ou 16,9% do total). “A diversificação setorial e espacial da geração de emprego no estado vem sendo fundamental para o desenvolvimento social da Bahia”, afirma o economista José Ribeiro.