A criação e execução de políticas públicas voltadas à qualidade de vida da pessoa idosa é o assunto principal da 2ª Conferência Regional América Latina e Caribe sobre Envelhecimento, que reúne representantes de todos os estados brasileiros e de 52 países até amanhã (6), em Brasília. O evento, aberto ontem (4), é promovido pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, em parceria com a ONU.

Os conferencistas vão avaliar os avanços na implementação do Plano de Ação Internacional sobre o Envelhecimento, discutidos na Espanha, em 2002, por 160 países. O Plano, do qual o Brasil é signatário, recomenda que seja criada a Rede Nacional de Defesa de Direitos e Proteção da Pessoa Idosa, além de políticas específicas para o segmento.

“O que se observa a partir da discussão entre os participantes é a necessidade urgente de investimentos que melhorem a vida dos idosos. Estamos observando que mundialmente essa população está crescendo, ao passo que as taxas de natalidade caem. Teremos, em breve, uma população predominante de idosos, sendo fundamental, então, uma atenção dos governos neste sentido”, disse o coordenador da Política Estadual do Idoso da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), Roberto Loyola. Além dele, participam do evento, representantes da Defensoria Pública do Estado e do Conselho Estadual do Idoso (CEI).

Através da Superintendência de Assistência Social, a Sedes está interagindo com vários segmentos visando fortalecer a execução de políticas públicas para os idosos. As ações incluem periódicas capacitações de representantes dos municípios para a implementação de programas e projetos voltados para a terceira idade. Também atua diretamente com os idosos, por meio de atividades executadas nos Centros Sociais Urbanos (CSUs) instalados na capital e no interior.

De acordo com o IBGE, atualmente no Brasil há 19,1 milhões de pessoas idosas, 11% da população. Até 2025 esse número deve chegar a 15%, e o país será o sexto em população idosa no mundo. Na Bahia os idosos somam pouco mais de 1,3 milhão de pessoas.