Qualificação para ingressar no mercado de trabalho. Apesar de terem apenas 17 e 18 anos, os estudantes Cíntia Costa e Vinícius Alves já têm essa preocupação. Para realizar esse sonho, os dois fazem parte do programa aprendiz legal, lançado na manhã de hoje (12), em Salvador, com a presença do coordenador-geral de Preparação e Intermédio de Mão de Obra Juvenil do Ministério do Trabalho, Sidney Butka, do governador Jaques Wagner e de representantes da Fundação Roberto Marinho e Petrobrás, as duas responsáveis pela elaboração do projeto.

“É uma oportunidade excelente, vou levar para o resto da minha vida profissional o conhecimento que estou adquirindo no curso”, afirmou Vinícius. Cíntia diz que o espaço é amplo para as pessoas que têm experiência. “Eu, como adolescente, quero me destacar no mercado de trabalho”, declarou. Para ingressar, eles fizeram o cadastro no Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) e participaram de uma seleção, sendo indicados para as empresas onde estão trabalhando.

O Aprendiz Legal tem o objetivo de contribuir para a inserção de jovens com idade entre 14 e 24 anos no mercado de trabalho, garantindo a qualidade da formação profissional básica. O programa é estruturado pelos conceitos de Trabalho, Identidades e Linguagens e articulado com conceitos como protagonismo, ética, diversidade, preconceito, profissionalização, projeto de vida, dentre outros.

Alinhamento federal e estadual

Segundo o coordenador geral de preparação e intermédio de mão de obra juvenil do Ministério do Trabalho, Sidney Butka, os empresários estão acessíveis para contratar o menor aprendiz, porém não o encontram qualificado. “O Aprendiz Legal vem de encontro a essa política atual de atender a esse jovem”, observou.

Butka observou que o Governo da Bahia tem uma política muito parecida com a nacional, no que se refere à qualificação dos jovens, e que o grande número de empresas que estão se instalando no estado precisam encontrar profissionais já qualificados. “O Ministério do Trabalho tem procurado atender à Bahia por meio do Consórcio Nacional da Juventude e do Juventude Cidadã, por exemplo, para que as empresas encontrem aqui profissionais qualificados nas áreas que demandam”, lembrou.

Direitos Garantidos

O representante do ministério explicou que o menor aprendiz já chega ao mercado de trabalho com os seus direitos previdenciários e trabalhistas assegurados. “Todos os números mostram que não há desistência dos jovens no emprego. Eles passam a ser, muitas vezes, os melhores funcionários pois querem retribuir aquela confiança que a empresa deu para eles”, afirmou. Butka disse que Aprendiz Legal não se confunde com trabalho infanto-juvenil, onde o jovem não é reconhecido e está fora da escola. “O menor aprendiz tem que estar na escola, sendo profissionalizado e colocando em prática aquilo que ele está aprendendo”, afirmou.

Para o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, está vivendo o melhor momento dos últimos dez anos em termos de saldo de empregos e desemprego. “Temos políticas para isso, com destaque para o Juventude Cidadã, que pega a partir dos 16 até os 24 anos”, afirmou. Ele disse que é exatamente nessa faixa entre os jovens em que a taxa de desemprego dá um salto. “Nós temos um acréscimo de pelo menos dez pontos percentuais quando falamos de desemprego na juventude”, informou.

O governador Jaques Wagner disse que o Aprendiz Legal é mais uma parceria importante com a sociedade civil. “Por isto estou aqui para pedir para as empresas baianas que façam a sua adesão ao programa ou ao Jovem Aprendiz, das Voluntárias Sociais. Quanto mais nós agregarmos e recebermos a nossa juventude, teremos uma sociedade cada vez melhor”, declarou.