Conhecer criteriosamente os imóveis, o perfil dos seus ocupantes e o uso exato que está sendo dado aos casarões do Estado na região do Centro Antigo de Salvador. Este é o principal objetivo das pesquisas, entrevistas e relatórios que o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) está realizando na área, em parceria com a Fundação-escola de Administração (FEA) da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

A idéia é ter todas as informações sobre o parque imobiliário administrado atualmente pelo Ipac no Centro Histórico, hoje num total de 226 imóveis. Desses, 181 são de propriedade do instituto, enquanto o restante tem outros donos (privados e institucionais).

 Dentre os benefícios imediatos da iniciativa, estão a revisão do uso dos imóveis e uma nova conceituação estratégica para o parque imobiliário. O trabalho deve embasar também a renegociação do Estado com ocupantes devedores, visando diminuir as inadimplências. Atualmente, cerca de 70% dos concessionários comerciais estão inadimplentes.

Dívida de R$ 3,5 milhões

Ao juntar moradores e comerciantes, aluguéis e concessões, a dívida aumenta, acumulando-se, nos últimos 10 anos, em cerca de R$ 3,5 milhões, que oneram o Estado e inviabilizam projetos no Pelourinho.

“Este foi o quadro encontrado pela nova gestão estadual na poligonal de tombamento federal do Centro Antigo, onde o instituto tem a maior parte dos seus imóveis”, afirmou o diretor-geral do Ipac, Frederico Mendonça.