Numa ação inédita, a Bahia está participando de um projeto de integração social pela prática orquestral com a formação de núcleos de orquestras juvenis e infantis, o Programa Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojibá). Para celebrar essa iniciativa e fechar o ano com chave de ouro, a Orquestra Sinfônica Juvenil da Bahia “Dois de Julho” (OSJB), primeiro grupo formado no Neojibá, vai se apresentar, nesta terça-feira (18), às 19h, no Largo do Pelourinho, em concerto especial com a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), sob a regência do maestro Ricardo Castro, diretor artístico dos dois grupos.

As duas orquestras se apresentam pela primeira vez juntas, mostrando um repertório com peças conhecidas do público, como a Marcha Slava, de Tchaikovsky; a Dança Húngura nº 5, de Brahms; a Fanfarra para o homem comum, de Aaron Copland; as Bachianas números 2 e 5, de Villa Lobos; a Suíte “Tanhäuser”, de Richard Wagner;, a Sinfonia Novo Mundo, de Antonin Dvorak; e o Bolero, de Maurice Ravel, além dos Hinos Nacional e Dois de Julho.

Para o maestro Ricardo Castro, este concerto coloca a OSBA no novo parâmetro das orquestras internacionais, em que o papel vai muito além da performance em concerto. Com sua estrutura, a Orquestra Sinfônica da Bahia trilha novos caminhos e se transforma num verdadeiro núcleo de formação de novos músicos na prática orquestral. Ao mesmo tempo, a Orquestra Sinfônica Juvenil da Bahia “Dois de Julho” retribui trazendo sangue novo para os palcos baianos.

Formada por cerca de 90 crianças e jovens, com idade entre oito e 24 anos, a Orquestra Sinfônica Juvenil da Bahia “Dois de Julho” ensaia diariamente no Teatro Castro Alves, onde está instalada. Sob gestão da OSBA e em intercâmbio com a FESNOJIV da Venezuela, o Neojibá foi lançado em 17 de junho, no Teatro Castro Alves, pelo maestro Ricardo Castro, gestor artístico da Orquestra Sinfônica da Bahia e idealizador do projeto.

O núcleo visa, por meio da música de concerto, estimular a participação de crianças e jovens no desenvolvimento social e urbano, ganhando noções de responsabilidade, trabalho em equipe, respeito e sacrifício. O Neojibá contribui na construção ética e pedagógica dos jovens músicos, incentivando a instrução e a prática coletiva da música, assim como a capacitação de jovens artesãos na fabricação e reparação de instrumentos musicais.

O espetáculo, promovido pelo Programa Pelourinho Cultural do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), tem entrada franca e integra a agenda cultural de dezembro no Pelourinho, com atividades que celebram a chegada do Natal. Além disso, agrega a tradicional Terça da Benção.