Antecipando as homenagens pelo Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, celebrado nesta segunda-feira (3), cerca de 150 paratletas competiram em quinze modalidades da IV Paraolimpíada Muleta Express, realizada ontem, na praça Bahia Sol em Ondina, Salvador.

Basquete em cadeira de rodas, corrida para deficientes físicos e visuais, futsal para deficientes visuais, lançamentos de dados foram algumas das categorias disputadas que resultaram em 40 premiações com troféus, medalhas e dinheiro para os vencedores em primeira colocação.

Integrante do time de basquete do Núcleo de Educação Física e Esporte Adaptado da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), José Carmelito Pereira, 33 anos – que ficou paraplégico em 1997, vítima de um disparo de arma de fogo – descobriu os benefícios do esporte.

“Eu me sinto mais leve, mais disposto e saudável. Meu bem estar agora é muito maior e espero poder incentivar as pessoas a praticar esporte, sejam elas cadeirantes ou andantes”, afirmou o ex-segurança.

Cerca de 40 instituições participaram do evento, como o Instituto de Cegos, Instituto Pestalozzi, Instituto Baiano de Reabilitação e Apae.

Apoiaram a Paraolimpiada as secretarias municipais de Esportes e Desenvolvimento Social e Emtursa.
As Voluntárias Sociais ofereceram sopa e refrigerante e tiveram sua presidente, a primeira-dama do Estado Fátima Mendonça, coroada rainha da Olimpíada. Ela recebeu ainda um convite para ser madrinha dos deficientes. “Aceito com o maior carinho, embora seja uma responsabilidade muito grande ser madrinha de uma população tão especial e tão carente de inclusão na sociedade”, disse Fátima.

De acordo com a Associação Baiana de Deficientes (Abadef), 14% da população de Salvador possui alguma deficiência.
“A sociedade precisa enxergar o deficiente com suas limitações e potencialidades, portanto uma pessoa como outra, que vibra e se emociona durante um jogo”, afirmou Antonio Machado, deficiente visual há seis anos, terceiro colocado na corrida para cegos.