Depois de atingir seu maior volume mensal histórico em outubro, as exportações baianas alcançaram novo recorde em novembro, atingindo US$ 871,7 milhões, o que representa um incremento de 27,4% sobre o mês anterior. No acumulado do ano (janeiro a novembro), as exportações baianas já alcançam US$ 6,8 bilhões, superando em 11,1% o mesmo período do ano passado, devendo chegar a US$ 7,5 bilhões ao final de 2007, também mais um recorde histórico. Já as importações alcançaram aproximadamente US$ 5 bilhões até novembro, com crescimento de 20% sobre o mesmo período de 2006.

Esses dados foram divulgados hoje (17) pelo Centro Internacional de Negócios da Bahia (Promo), vinculado à secretaria da Indústria, Comércio e Mineração. De acordo com o Promo, as exportações baianas continuaram crescendo em novembro, impulsionadas pelos altos preços das commodities no mercado internacional, pelas maiores vendas de petróleo e derivados e pela forte demanda da Ásia, especialmente da China, e da União Européia, regiões que apresentam grande crescimento econômico em 2007.

Com relação aos destinos das exportações baianas, o menor crescimento verificado entre janeiro e novembro foi o do NAFTA, que compreende os Estados Unidos, com apenas 1,7% de aumento e participação de 26,7%. No extremo oposto ficou a variação positiva da União Européia, com aumento de 30%. Esse bloco passou a liderar como destino as exportações do estado, com uma participação de 32%. Em seguida vem a Ásia, com 30% de incremento e 13,3% de participação na pauta, e o Mercosul, com 14,3% de incremento e 12,6% de participação.

Os setores com melhores desempenhos no ano são o de pneumáticos, com crescimento de 247%; complexo soja, com crescimento de 49%; algodão (+39%) e materiais elétricos (+37%). A liderança em vendas é do setor químico/petroquímico, com US$ 1,46 bilhão, seguido do setor metalúrgico, com US$ 982,9 milhões; petróleo e derivados, com US$ 961,8 milhões; e de celulose e papel, com US$ 775 milhões.

Importações

As importações baianas, que esse ano estão crescendo mais que as exportações, em função do dólar depreciado e do maior crescimento doméstico, chegaram a US$ 421,6 milhões em novembro, com alta de 12% sobre outubro último. No acumulado do ano (janeiro a novembro) registraram US$ 5bilhões.

No período de janeiro a novembro destacam-se as compras de bens de capital (máquinas e equipamentos), que teve crescimento de 50%, e de bens intermediários (matéria-prima e insumos diversos), com + 25%.

De acordo com o Promo, nesse cenário, o câmbio valorizado também está permitindo uma renovação do parque industrial baiano, com os empresários usando o câmbio favorável para diversificar seus fornecedores e modernizar seu parque produtivo, inclusive para serem mais competitivos em suas vendas externas.

Em volume, as compras baianas são lideradas pelo minério de cobre, com US$ 940 milhões, seguidas pela nafta, com US$ 676 milhões, automóveis, com US$ 584 milhões, e trigo, com US$ 119 milhões.

Os principais mercados fornecedores para a Bahia no período de janeiro a novembro foram o Chile, com 17%; a Argentina, com 14%; os EUA, com 8%; e a China, com 7,6%.