Nove pessoas envolvidas em golpes que vinham lesando a empresa de telecomunicação Telemar em cerca de R$ 400 mil mensais foram presas por policiais do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), durante a ‘Operação Banda Larga’, realizada hoje (18), com o apoio do Centro de Operações Especais da Polícia Civil (COE) e da Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública (SI).
Apresentados à imprensa pela manhã, na sede do COE, juntamente com vários equipamentos de telefonia, os golpistas ficarão à disposição da Justiça Criminal na carceragem da Delegacia de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (DREOF), no Complexo Policial da Baixa do Fiscal.
A operação teve início nas primeiras horas da manhã, com o cumprimento de nove dos 12 mandados de prisão e de 11 mandados de busca e apreensão. A fraude foi detectada pelo Sistema de Segurança da Telemar e denunciada à Polícia que, a partir de uma investigação minuciosa, identificou os envolvidos, a maioria funcionários de empresas prestadoras de serviços.
Um dos golpes consistia em fazer inserções de créditos telefônicos diretamente na linha de assinantes da Telemar, que remuneravam a quadrilha pela fraude. Além de fraudarem o sistema de telefonia da Oi/Telemar, reabilitando linhas desativadas e inserindo créditos fictícios em linhas fixas, eles também agiam no sistema de Internet da Velox, instalando aparelhos, vendidos aos consumidores por preços que variavam de R$ 250 a R$ 350, utilizando a internet ‘banda larga’ sem que fossem geradas contas mensais para a empresa.
A maioria das prisões e apreensões de documentos, computadores e equipamentos de telefonia aconteceu nas centrais telefônicas nos bairros do Rio Vermelho, Barros Reis, Amaralina, Mata Escura, Imbuí e na sede da Oi/Telemar, no Cabula. Cento e vinte e dois agentes participaram da operação, deflagrada após dez meses de investigação.
Foram presos Alan Barreto Silva da Paixão, Aureotério de Souza Amaral Júnior, Matheus Santos Fonsêca, André Luís Santana Santos, Ticiano dos Santos Silva, Maria Aparecida Santana, Suzana Viana Couto, Roberto Agripino Nascimento e Josimar Alves de Jesus. Outro envolvido na fraude, Windsor Apolinário, se comprometeu a comparecer à sede do DCCP, na Praça da Piedade, acompanhado de um advogado. Mais duas pessoas, já identificadas, estão sendo procuradas pela Polícia.