A adoção de algumas medidas simples de segurança, recomendadas pela Polícia Civil, pode inibir, nesta época de compras natalinas, a ação de ladrões que tentam furtar consumidores nas ruas, aproveitando-se da grande movimentação em pontos tradicionais de comércio formal e informal. De acordo com o diretor do Departamento de Crimes contra o Patrimônio (DCCP), delegado Arthur Gallas, as pessoas que circulam a pé, principalmente em área de maior fluxo de compras, como o Centro de Salvador, devem estar sempre atentas.
“O transeunte disperso é uma vítima fácil para o ladrão”, adverte o delegado, orientando o consumidor a não deixar à mostra objetos de valor, como relógios e jóias. Bolsas, carteiras e pochetes, bem como aparelhos celulares, também devem ser conduzidas com muita atenção em ambientes de grande concentração de público, pois aguçam a cobiça do marginal.
Para quem for viajar durante os festejos de Natal e Reveillon, é recomendável sair discretamente de casa com as bagagens, evitando chamar a atenção, sobretudo de pessoas desconhecidas que estejam transitando pelas imediações. “Se utilizar carro particular é mais prudente arrumar as malas ainda dentro da garagem, evitando exposição na porta de casa”, orienta Arthur Gallas, ressaltando que deve-se também solicitar aos vizinhos que acionem imediatamente a família, algum parente ou a polícia caso notem algum movimento estranho no imóvel.
Ele recomenda ainda que evitem situações ostensivas em áreas externas da casa, de modo a não demonstrar que o imóvel está fechado. Cadeado do lado de fora do portão ou da porta, luz acesa 24 horas e jornais ou revistas acumulados no acesso principal podem ser indícios de que a família está ausente. “Procure trancar a porta com chave antes de sair, pois deixá-la apenas no trinco facilita a abertura”.
O diretor do DCCP salienta que a família pode ter o prejuízo patrimonial reduzido, em caso de arrombamento, providenciando, antes do embarque, a transferência do dinheiro guardado na residência para um banco, e dos aparelhos eletroeletrônicos para a residência de parentes, amigos ou alguém de sua confiança. “O marginal se interessa por dinheiro, eletroeletrônicos, armas, jóias e outros objetos de valor fáceis de carregar”.
Também sugere que o ambiente do delito não seja descaracterizado até a chegada da Polícia, que deve ser acionada imediatamente após a confirmação do arrombamento. “Muitas vezes os moradores reviram a casa para saber o que foi levado pelos ladrões e acabam dificultando o trabalho da Polícia”, diz.